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Desemprego desce, mas desigualdades persistem entre áreas urbanas e rurais

A taxa de desemprego em Angola recuou para 26,9% no terceiro trimestre, revelando a descida mais expressiva do ano e deixando 3,9 pontos percentuais para trás face ao período homólogo.

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O Inquérito ao Emprego divulgado esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística confirma igualmente uma redução de 1,9 pontos percentuais quando comparado com os meses de Julho, Agosto e Setembro, sinalizando uma recuperação lenta, mas notória, do mercado de trabalho.

Segundo o relatório, a população em idade activa, estimada em mais de 22,2 milhões de pessoas registou 14,3 milhões de indivíduos ocupados no período de referência, seja por conta própria, em actividades familiares ou por conta de outrem. No total, 5,2 milhões continuam sem emprego.

Apesar da ligeira melhoria global, os dados revelam que a taxa de desemprego permanece mais elevada nas áreas urbanas, onde a pressão demográfica e a competitividade do mercado acentuam as dificuldades de acesso ao emprego formal.

O estudo expõe também o peso esmagador da informalidade na economia: 77,1% dos trabalhadores actuam fora do mercado formal, o que corresponde a cerca de 11 milhões de pessoas. As mulheres destacam-se neste segmento, totalizando 6,2 milhões de trabalhadoras informais.

As discrepâncias territoriais voltam a ser vincadas, com a informalidade a atingir 95,3% nas zonas rurais, um valor muito superior aos 69,9% registados nos centros urbanos, revelando desigualdades profundas no acesso ao trabalho estruturado.