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Desperdiçados mais de 600 milhões de Kwanzas? Empresa Tecnovia acusada de «burlar» o Estado angolano

Há mais de quatro anos, a empresa Tecnovia Angola embolsou mais de 679 milhões de kwanzas destinados à construção da nova morgue do Hospital Geral de Cabinda, em contrapartida, deixou a obra inacabada e abandonada.

Registro autoral da fotografia

Há 3 meses
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O projecto, inserido no Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), previa a conclusão em oito meses, com início em 19 de outubro de 2020. No entanto, até hoje, a estrutura permanece inacabada, tomada pelo mato(capim) e utilizada por camponeses para cultivo.

O deputado da UNITA, Gervásio Nombo Zau, expressou indignação com a situação, destacando a apatia da população diante do desvio de recursos públicos e a impunidade dos responsáveis. Ele exige que a Procuradoria-Geral da República (PGR), a Inspeção-Geral da Administração do Estado (IGAE) e o Presidente da República responsabilizem os envolvidos, incluindo o ex-governador Marcos Alexandre Nhunga e o administrador do município de Cabinda.

A Tecnovia Angola, empresa de origem portuguesa, foi contratada para executar a obra, que deveria contar com 72 gavetas e ocupar uma área de 2.500 m² adjacente ao novo Hospital Geral de Cabinda, no Chibodo. O projecto visava solucionar a insuficiência de instalações para conservação de corpos na região. 

O olhar impávido das autoridades e a falta de transparência no uso dos recursos públicos espelham uma gestão negligente e desrespeitosa com a população de Cabinda. É imperativo que os órgãos competentes tomem medidas imediatas para concluir a obra e responsabilizar os culpados por este escândalo que envergonha a nação.

PONTUAL, fonte credível de informação.