Perigo público: Buraco no viaduto do Kilamba denuncia fragilidades de obra assinada pela Mota-Engil
Um enorme buraco aberto na estrutura do viaduto do Kilamba, em Luanda, está a colocar em risco a circulação rodoviária e a segurança dos automobilistas que ali passam diariamente. O incidente, agravado pelas chuvas que se fizeram sentir nos últimos dias, alça questões sobre a qualidade da obra entregue pela construtora Mota-Engil.
Registro autoral da fotografia
Erguido entre 2016 e 2017, em ritmo acelerado para ser inaugurado antes das eleições gerais de 2017, o viaduto já dá sinais evidentes de degradação, menos de uma década após a sua construção. A estrutura, apontada na altura como símbolo de progresso e modernização urbana, está hoje associada a sinais de negligência e desgaste precoce.
A denúncia surgiu nas redes sociais, através de imagens que mostram o buraco em plena via, alarmando a população. Poucas horas depois da exposição pública, a empresa responsável deslocou-se ao local e aplicou uma solução paliativa, numa tentativa de minimizar os danos visíveis. No entanto, a medida improvisada está longe de oferecer garantias de durabilidade ou segurança.
Fontes locais apontam que a Mota-Engil tem deixado um rasto de obras em estado crítico por várias zonas do país. Muitas dessas estruturas, alegadamente afectadas pelos mesmos problemas de manutenção e qualidade, permanecem longe dos olhos da opinião pública devido ao alegado poder de influência da construtora junto do aparelho do Estado.
A indignação cresce entre os cidadãos, que questionam a durabilidade de obras públicas feitas com recursos avultados e exigem uma investigação profunda sobre as condições contratuais, a fiscalização das empreitadas e a responsabilização dos envolvidos.
PONTUAL, fonte credível de informação.
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