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Empate com os Camarões faz Angola sonhar com a qualificação

A Selecção Nacional de Honras empatou terça-feira (1-1) com Camarões, no jogo realizado no Estádio Nacional 11 de Novembro, referente à quarta jornada de apuramento ao Mundial de 2026 a disputar-se nos Estados Unidos da América, México e Canadá.

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Há 6 meses
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O desafio contou com um espectador VIP, o Presidente da República, João Lourenço, que testemunhou da tribuna o confronto titânico.

Angola entrou com sinais positivos nos primeiros cinco minutos, criou duas situações de ataque, uma com Gelson Dala e outra com Randy N’teka, este último que teve uma clara oportunidade aos pés para abrir o activo, porém, o avançado falhou o alvo.

Os camaroneses bastante matreiros, numa arrancada, marcaram aos 10 minutos da etapa inicial por intermédio do camisola 19, Mbeumo, que finalizou com mestria a oportunidade oferecida pela defesa angolana, que assistia impávida e serena à acção contrária.

Os Leões Indomáveis tomaram domínio e controlo do encontro. No entanto, os Palancas Negras ainda procuraram encontrar-se dentro das quatro linhas. O meio campo do combinado angolano não reagiu aos ataques do adversário.

Show completamente apagado no primeiro tempo, exibia furos abaixo das encomendas de um duelo de tamanha envergadura. O cenário obrigou a Fredy a redobrar os esforços, ao lado de Manuel Benson, ainda que de forma tímida, davam vida ao jogo ofensivo de Angola.

Aos 30 minutos, a Selecção Nacional de Angola ganhou autoconfiança e começou a incomodar a defesa dos Camarões. Os visitantes não baixaram a guarda em definitivo, pois, com atenção estudavam um contra-golpe, numa saída rápida. E assim aconteceu perto do intervalo. Vicent Aboubakar, artilheiro dos camaroneses, desperdiçou um “pênalti” em movimento, ao falhar na cara do golo uma recarga. As duas equipas foram ao descanso regulamentar com a vantagem dos visitantes.

Segundo tempo

O segundo tempo começou com intensidade. Angola entrou mais confiante e disposta a mudar o curso da história. Manuel Benson, apelidado pelos adeptos por “Messi angolano”, galvanizou o jogo dos Palancas Negras.

Aos 54 minutos, o Estádio Nacional 11 de Novembro quase foi abaixo, quando o atacante do Burnley da Inglaterra (Manuel Benson) iniciou um ataque, num passe a Gelson Dala que rematou rasteiro e Ngandeu, defesa adversária, marcou na própria baliza, na tentativa de retirar o esférico, e violou as redes à guarda de Andre Onana. Estava restabelecida a igualdade no placarde.

O encontro ganhou outro andamento com os contentores a lutar pela conquista dos três pontos. Pedro Gonçalves efectuou algumas mexidas no xadrez para reforçar a equipa. Os camaroneses, bastante experientes, procuraram resgatar controlo do duelo. Zambo Anguissa e companhia subiram as linhas a fim de empurrar os Palancas Negras.

Público em grande

Os angolanos não deixaram os seus créditos em mãos alheias e apoiaram a Selecção Nacional de Honras. Apesar do horário indicado para a disputa da partida, o Estádio Nacional 11 de Novembro recebeu cerca de 40 mil espectadores que puxaram e sofreram com os Palancas Negras.

Antes, durante e após o jogo, o público aplaudiu, cantou, dançou e vibrou com fortes emoções resultantes da atmosfera frenética da partida.

O Estádio estava preenchido e pintado com as cores do país: vermelho, amarelo e preto. Nos momentos de jogo mais complicados, o público esteve com a selecção e acreditou num bom resultado. Com as lanternas dos telemóveis ligadas, aplausos e cânticos coloriram o espectáculo.

C/JAO