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Entrada de banco omanita aumenta concorrência e desafia sector financeiro angolano

A chegada do African Bank of Oman (ABO) ao mercado angolano deverá intensificar a concorrência no sistema financeiro, impulsionar a inovação tecnológica e elevar os padrões de prestação de serviços, considera o presidente da Associação Angolana de Bancos (ABANC), Mário Nascimento.

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O Banco Nacional de Angola (BNA) autorizou a instituição a iniciar operações no país, num momento em que o VTB África, de capital russo, se encontra em fase de liquidação voluntária. Para a ABANC, a entrada de um banco oriundo de uma jurisdição distinta das já presentes em Angola, sobretudo Portugal e África do Sul, pode introduzir novas práticas e dinamizar o sector.

À margem do XV Fórum Banca, realizado em Luanda pelo Jornal Expansão, Mário Nascimento destacou, porém, que os maiores desafios enfrentados pela banca nacional não se resumem à concorrência. A regulação apertada implementada pelo BNA, com vista a alcançar padrões equivalentes aos do Banco Central Europeu (BCE), obriga as instituições a adaptar-se rapidamente a normas de elevada exigência.

O dirigente sublinhou que esta pressão regulatória coincide com a necessidade de preparação para a integração económica regional, cenário que exigirá de Angola bancos mais robustos, capazes de competir com instituições de outros países africanos e de apresentar produtos ajustados às novas realidades de mercado.

Comentando ainda a Oferta Pública de Venda (OPV) de 29,75% do capital do Banco Fomento Angola (BFA), operação que deverá movimentar mais de 200 milhões de euros, Nascimento afirmou que a iniciativa reforça a credibilidade do sistema bancário e sinaliza novas oportunidades de capitalização através do mercado de capitais.

No entender do presidente da ABANC, a rentabilidade continua a ser determinante: “quanto mais sólidas forem as instituições, maior será a sua capacidade de financiar a economia”, frisou.