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Tribunal sul-africano condena sete cidadãos chineses a 20 anos de prisão por tráfico de pessoas

Sete cidadãos chineses foram condenados, esta quarta-feira, a 20 anos de prisão por um tribunal de Joanesburgo, após terem sido considerados culpados de tráfico de pessoas e exploração laboral. O caso remonta a 2017 e envolve 91 vítimas do Malawi, forçadas a trabalhar em condições degradantes numa fábrica têxtil.

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As investigações revelaram que os trabalhadores malauianos eram mantidos sob confinamento numa unidade de produção de algodão em Village Deep, zona industrial no sul de Joanesburgo. Segundo o processo, entre 2017 e 2019, as vítimas eram submetidas a jornadas de 11 horas diárias, sete dias por semana, sem formação adequada ou equipamento de segurança.

A operação policial que levou à detenção dos arguidos ocorreu em Novembro de 2019, quando a fábrica foi alvo de uma rusga. As autoridades encontraram dezenas de cidadãos indocumentados privados de liberdade e sujeitos a condições que a acusação descreveu como desumanas.

O Ministério Público solicitara penas de prisão perpétua, mas o tribunal fixou a condenação em 20 anos de cadeia para cada um dos arguidos. Os nomes dos condenados, todos de nacionalidade chinesa, são Shu-Uei Tsao (42 anos), Biao Ma (50), Hui Chen (50), Quin Li (56), Zhou Jiaquing (46), Junying Dai (58) e Zhilian Zhang (51).

O caso foi apontado pelas autoridades como um dos maiores processos de tráfico humano registados nos últimos anos na África do Sul, país que enfrenta crescentes desafios no combate ao crime organizado transnacional e à exploração de migrantes em situação vulnerável.