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Ex-líder da Irmandade Muçulmana condenado à morte por enforcamento

A organização foi declarada como grupo terrorista no final desse ano, altura em que as autoridades começaram a perseguir não só os líderes, mas também os membros e simpatizantes do grupo, confiscando todos os seus bens, bem como as empresas dos seus membros.

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Há 10 meses
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Um tribunal egípcio condenou esta segunda-feira à morte o ex-líder espiritual do grupo Irmandade Muçulmana e outros sete membros do movimento, numa nova sentença emitida contra esta organização proscrita e considerada terrorista pelas autoridades do Egito desde 2013.

O Tribunal Penal de Segurança do Estado, que trata de casos de terrorismo, indicou num comunicado ter emitido a sentença de pena de morte por enforcamento para o antigo líder Mohamed Badia e para os membros Mahmud Ezat, Mohamed Beltagy, Amr Zaki, Osama Yasin, Safuat Hegazy, Asem Abdelmajed e Mohamed Abdelmaqsoud.

Todos já tinham sido condenados à morte por casos anteriores relacionados com a liderança de uma organização terrorista e com ataques contra as autoridades egípcias.

Desta vez, foram sentenciados depois de terem sido condenados no conhecido caso “al-Manasa”, uma manifestação que teve lugar no Cairo em 2013, durante a qual o agente da polícia egípcia Ashraf al Sibai e pelo menos três outras pessoas foram mortas.

Relativamente a este caso, outras 37 pessoas foram também condenadas a prisão perpétua, seis a 15 anos de prisão e sete a 10 anos de prisão, enquanto 21 arguidos foram absolvidos.

Nos últimos anos, a maioria dos altos representantes da Irmandade Muçulmana foi presa e condenada a pesadas penas, enquanto outros conseguiram fugir do país após o derrube do governo do antigo presidente e líder do movimento, Mohamed Morsi.

A perseguição começou após a subida ao poder do atual Presidente, Abdel Fattah Al-Sisi, que foi ministro da Defesa de Morsi e acabou por planear um golpe de Estado em 2013.

A organização foi declarada como grupo terrorista no final desse ano, altura em que as autoridades começaram a perseguir não só os líderes, mas também os membros e simpatizantes do grupo, confiscando todos os seus bens, bem como as empresas dos seus membros.