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Governo criou mais de 19.000 novos empregos por mês em 2024

Mais de 213 mil empregos formais foram criados pelo Governo entre Janeiro e Novembro deste ano, correspondendo a uma média de mais de 19.000 novos empregos formais por mês.

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No período em referência, o Governo criou um total de 213.533 empregos formais, representando uma média de 19.412 novos empregos formais por mês, revelam os dados que constam no ‘Balanço de 2024 e Perspectivas para 2025’ da Agenda Económica do Governo e cuja apresentação decorreu na passada Segunda-feira durante um encontro entre a Equipa Económica e o Grupo Técnico Empresarial.

Em declarações após o encontro – que foi orientado por José de Lima Massano, ministro de Estado para a Coordenação Económica –, Luís Epalanga, secretário de Estado para a Economia, considerou que os referidos números resultam da “implementação das medidas aprovadas pelo Governo, em Julho de 2023, consubstanciadas no aumento da produção nacional, apoio no acesso ao financiamento para o sector empresarial, simplificação e alívio tributário e na melhoria do ambiente de negócios”, refere uma nota do Governo.

Segundo o responsável, a actividade económica aumentou, sendo que o Produto Interno Bruto (PIB) evoluiu quatro pontos no primeiro trimestre, 4,1 no segundo, fixando-se em 5,5 por cento no último trimestre.

“O fundamental desse crescimento é que o PIB continua a ser liderado pelos sectores não produtivos”, acrescentou o secretário de Estado.

“Conforme os dados disponibilizados, o crescimento do PIB é resultante do dinamismo dos sectores de extracção de diamantes e outros minerais que contribuem com 36,8 por cento, transportes e armazenagem 14,1 por cento, pescas 11,6 por cento, energia e água 7,0 por cento, comércio 4,9 por cento, agricultura 4,1 por cento, indústria transformadora 2,1 por cento, construção 1,8 por cento e extracção e refinado de petróleo 4,1 por cento”, lê-se no comunicado.

Outra componente que provém da implementação de medidas de estímulo à economia aprovadas pelo Executivo em Julho do ano passado “é a desaceleração da inflação que se regista desde o mês de Abril de 2024”.

Luís Epalanga referiu que desde Dezembro do ano passado até Abril deste ano, a inflação estava a crescer em média 2,6 por cento e, com a implementação destas medidas, verificou-se uma “desaceleração mensal, passando de 2,6 para cerca de 1,6 por cento até ao mês de Novembro de 2024”.

Segundo o secretário de Estado, os referidos números “são animadores”, estimulando a “continuar a trabalhar para aumento da produção nacional, com objectivo de garantir preços mais competitivos e reduzir as importações”.

Relativamente às perspectivas para o próximo ano, “os empresários foram informados que se perspectiva a consolidação da trajectória de crescimento, esperando-se que o PIB cresça acima de quatro por cento, motivado pelo crescimento do sector não petrolífero na ordem dos 5,15 por cento, não obstante se antever uma ligeira contracção do sector de petróleo, incluindo o gás, em termos homólogos”, aponta a nota.

O secretário de Estado apontou que está igualmente previsto para o próximo ano, a diminuição da inflação, “justificando a implementação das medidas económicas e de investimento públicos, que poderão suportar a actividade económica”.

Já Ramiro Barreira, porta-voz do Grupo Técnico Empresarial, considerou que foi um encontro “muito produtivo, muito útil”, dado que possibilitou ao Governo apresentar os dados referentes à evolução da economia, os constrangimentos e os problemas.

“O grupo ficou muito feliz por saber que a economia angolana está a crescer e as perspectivas para 2025 são melhores ainda. Isto nos dá um grande alento, principalmente em áreas como a agricultura e outras áreas importantes”, disse, citado no comunicado.

Segundo o empresário, o encontrou serviu igualmente para “apresentar questões ligadas à tributação, pelo facto de os associados entenderem ser importante que se dê um alento às empresas”.

Assim, o responsável defendeu a continuidade do diálogo entre a classe empresarial e o Governo: “Pensamos que o diálogo tem que continuar entre o sector empresarial e o Governo e que só com este diálogo vai propiciar, efectivamente, que encontremos as melhores vias, as melhores soluções”.

Na ocasião, também realçou que os “empresários não estão apenas para criticar, estão também para ajudar a encontrar soluções, apresentando caminhos e vias que ajudem no desenvolvimento e crescimento da economia”.

“Congratulou-se com o anúncio sobre o financiamento, nos próximos tempos, às empresas ligadas ao sector da hotelaria e turismo, o que vai permitir revigorar e criar alguma capacidade financeira, para obtenção de meios técnicos a nível dos hotéis, dos operadores turísticos e das agências de viagens”, lê-se ainda na nota.

C/VA

PONTUAL, fonte credível de informação.