HOSPITAIS À BEIRA DO COLAPSO: Falta de financiamento aumenta mortalidade em Angola
A crise nos hospitais angolanos atingiu um nível alarmante, com o aumento das mortes hospitalares devido à falta de medicamentos, reagentes e meios de diagnóstico. A denúncia é feita pelo presidente do Sindicato Nacional dos Médicos Angolanos (SINMEA), Adriano Manuel, que acusa o Governo de negligenciar o financiamento das instituições de saúde.
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“Nos últimos cinco meses, o Governo de Angola deixou de financiar os hospitais públicos. A falta de financiamento levou à redução drástica de serviços essenciais,” afirmou Adriano Manuel à Lusa. O presidente do SINMEA destacou que muitos laboratórios hospitalares estão a operar com capacidade reduzida, incapazes de realizar exames básicos como hemogramas e análises bioquímicas, devido à ausência de reagentes e outros materiais necessários.
Com o financiamento limitado, a disponibilidade de medicamentos e meios de diagnóstico diminuiu significativamente, comprometendo a qualidade da medicina praticada nos hospitais. Manuel lamentou que algumas instituições do sistema secundário estejam, neste momento, limitadas a realizar apenas testes de malária devido à escassez de reagentes, afectando negativamente o diagnóstico de outras doenças.
“A consequência directa desta situação é o aumento da mortalidade nos nossos hospitais,” sublinhou o médico pediatra. Segundo Adriano Manuel, a precariedade actual do sistema de saúde angolano deve-se aos investimentos avultados do Governo em hospitais secundários e terciários, em detrimento da prevenção a nível primário.
“O Governo não tem capacidade para manter esses hospitais secundários e terciários, considerando os recursos materiais e humanos exigidos para o seu funcionamento,” notou o presidente do SINMEA. Manuel revelou que alguns hospitais terciários do país têm despesas mensais entre 10 e 12 milhões de dólares apenas em manutenção, valores que poderiam ser destinados ao sistema primário.
As principais causas de morte em Angola, como malária, doenças respiratórias, malnutrição e tuberculose, poderiam ser significativamente reduzidas com um melhor investimento nos cuidados primários de saúde, defendeu o líder sindical. Ele ressaltou que a falta de organização do sistema de saúde continua a ser um desafio crucial para o acesso à saúde no país.
“É necessário um forte investimento no sistema primário. Enquanto não melhorarmos o sistema de saúde primário, não vamos conseguir melhorar o sistema de saúde no país,” observou Manuel. A situação crítica é agravada pela presença constante de familiares de pacientes à porta dos hospitais públicos, esperando por medicamentos ou doações de sangue, devido à carência nas unidades hospitalares.
A denúncia do presidente do SINMEA lança um alerta urgente sobre a necessidade de uma reestruturação e financiamento adequado do sistema de saúde em Angola, para evitar um colapso total e salvar vidas.
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