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Hospital do Lubango inaugura salas cirúrgicas e anuncia quimioterapia para Setembro

O Hospital Central do Lubango conta com cinco novas salas cirúrgicas, que possibilitam realizar de forma segura actos médicos mais complexos. No entanto, as novidades nesta que é a maior unidade sanitária da região centro-sul do país não se ficam por aqui, estando prevista, para Setembro, a abertura de uma sala de quimioterapia.

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Há 6 meses
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Segundo um comunicado do Ministério da Saúde, a que o VerAngola teve acesso, a conclusão da primeira etapa da reabilitação deste hospital tem possibilitado a concretização “segura de actos médicos de maior complexidade nas cinco salas operatórias, apoiadas por uma central de esterilização, laboratório de anatomia patológica, banco de urgência e serviços de cuidados intensivos completamente equipado”.

Esta Segunda-feira, Leonardo Europeu Inocêncio, secretário de Estado para a Área Hospitalar, esteve a visitar a infra-estrutura hospitalar, tendo passado pelas suas “áreas clínicas, atendimento assistencial, consultas externas, enfermarias de internamento e outras que beneficiaram de obras da primeira fase iniciada em 2019”. Além disso, o secretário de estado também constatou o processo da segunda fase de reabilitação em andamento no referido hospital, que inclui “as áreas de internamento de doentes com acidentes vasculares cerebrais em fase aguda, neurocirurgia e uma unidade específica de consultas para doentes com diabetes”.

Em declarações na ocasião, o governante referiu que a unidade de acidentes vasculares cerebrais em fase aguda permitirá a execução de trombólise em casos de esquemia, conforme Protocolo Internacional, permitindo “melhor recuperação motora do doente em curto espaço de tempo”.

Citado no comunicado, o secretário de Estado sublinhou que as obras de requalificação tiveram em vista oferecer uma “melhor assistência médica de qualidade com serviços humanizados”.

Entre as áreas do hospital alvo de reabilitação constam igualmente a sua cave, salas para formação e anfiteatro com capacidade para 70 pessoas.

Sala de quimioterapia prevista abrir em Setembro

Contudo, as novidades não se ficam por aqui. No âmbito da visita, a directora-geral do hospital, Maria Lina Antunes, adiantou que está prevista, para Setembro, a abertura de da sala de quimioterapia.

“Vamos abrir uma área de quimioterapia em Setembro, a sala está pronta, mas o equipamento ainda não chegou, vamos abrir a sala para fazer só para os cinco ou seis cancros mais frequentes, porque os medicamentos estão muito caros e nós não temos orçamentos para isso este ano”, disse a directora clínica que, citada pela Angop, acrescentou que entre Janeiro de 2022 e Dezembro do ano passado já haviam sido registados 2196 casos de cancro e, tendo em conta esses dados, é preciso iniciar este tipo de tratamento.

A responsável previu que no próximo ano possa arrancar a construção de uma infra-estrutura própria com protecção contra raios para realização de radioterapia, dado que já existe espaço disponível, estando a faltar financiamento o tratamento completo de pacientes com cancro na Huíla, sendo que além da província, também acolhem doentes de outras províncias como Namibe, Cunene, Cuando Cubango, entre outras.

Citada pela Angop, a directora disse que além dos cancros mais comuns, surgiu o do cérebro, que tem sido visto na Huíla, especialmente em crianças, adolescentes e jovens, apanhando de surpresa todos, acrescentando que devido a esse tipo de cancro, a unidade hospitalar encontra-se a melhorar as operações de tumor cerebral, por meio de uma colaboração com Coimbra (em Portugal), trazendo um neurocirurgião de Coimbra para trabalhar em conjunto com os médicos locais e aprimorar os métodos.

Segundo Maria Lina Antunes, o hospital não tem um neuro-navegador, que diz respeito a um equipamento dispendioso que oferece maior precisão neste tipo de cirurgia.

Cancro da mama, próstata, cérebro, colo do útero, pele, fígado e brônquios e pulmões são as tipologias de cancros mais comuns no referido hospital.

Além do Hospital Central do Lubango, durante a sua passagem pelo Lubango, o secretário de Estado, que se fez acompanhar do governador da Huíla, Nuno Mahapi, também procedeu à constatação do nível de execução das obras do novo Hospital Materno Infantil, que vai ter capacidade para 200 camas.

C/Ver Angola