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Innovation Festival 2023 discute o futuro da IA generativa

Convidados falaram sobre os impactos econômicos e sociais dos negócios das favelas e sobre o futuro das empresas com IA generativa

Registro autoral da fotografia

Há 10 meses
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No primeiro dia da terceira edição do Innovation Festival, principal festival da Fast Company Brasil, uma mesa redonda moderada por Erlana Castro abordou a questão do ESG e do greenwashing.

“Precisamos de um nível de desconforto, precisamos dos ativistas. Mesmo que a custo de alguns negócios. Senão, morreremos fervidos”, enfatizou Erlana, que é especialista em estratégia criativa, pesquisadora independente e professora da Fundação Dom Cabral. “Precisamos fazer novas perguntas, perguntas potentes. Toda vez que alguma ideia chegar com a cara de ‘como era feito antigamente’, está na hora de parar e repensar”, afirmou.

O debate, que reuniu Marcelo Pimenta, head de agronegócio da Serasa Experian, e Fabiana Schaeffer, cofundadora da Netza&Co, tocou  na urgência de entender o atual panorama e identificar oportunidades reais de transformação, identificando ferramentas e ações necessárias para que as práticas cheias de boas intenções não caiam no greenwashing.

“Hoje em dia, precisamos mostrar como usar dados para apoiar ações de ESG”, disse Pimenta, que mostrou um caso de uso de mapeamento por satélite para entender a evolução da ocupação de um território indígena. 

Outro ponto em discussão foi a prática, adotada por parte das empresas, de cair no greenwashing, muitas vezes, por medo de serem canceladas. “Estamos comunicando errado, por meio do medo, em curto prazo, quando deveríamos estar pensando em longo”, refletiu Fabiana.

O participantes lembraram, porém, que diferentes linguagens devem ser usadas para convencer as empresas da necessidade de inserir práticas de ESG em suas rotinas. “Nessa hora, é preciso provocar os tomadores de decisão pelo viés da gestão do risco, do desconforto. Temos que mudar a percepção das empresas, seja por convicção, conveniência ou constrangimento”, disse Erlana.

EMPREENDEDORISMO NAS PERIFERIAS

Pâmela Carvalho, coordenadora do Redes da Maré, não pôde comparecer presencialmente, devido a uma operação policial no conjunto das favelas da Maré, na região metropolitana do Rio de Janeiro, que acabou impedindo seu deslocamento.

Ainda assim, ela enviou um vídeo no qual falou sobre empreendedorismo e os novos negócios que emergem das margens. Pâmela traçou um panorama da atividade empreendedora a partir de uma nova perspectiva. “Estamos falando de um conjunto de 16 favelas, cada uma com sua história, sua organização”, disse a coordenadora.

Por estar localizo em uma região que liga as principais vias de acesso à capital fluminense, o conjunto da Maré é visto como um local apenas de passagem. “Mas também somos um local de proposição de ações, de ideias para a cidade”, disse.