0º C

02 : 28

João Lourenço e Esperança da Costa juntam-se ao povo na noite de euforia nacional

A Nova Marginal de Luanda explodiu em cor, ritmo e tradição este sábado, com um desfile de Carnaval fora de época que reuniu milhares de foliões para celebrar os 50 anos da Independência Nacional. O Presidente da República, João Lourenço, e a vice-Presidente, Esperança da Costa, marcaram presença e aplaudiram o espectáculo, que juntou grupos das 21 províncias numa verdadeira mostra da diversidade cultural angolana.c

Registro autoral da fotografia

Há 4 horas
2 minutos de leitura

Durante cinco horas de festa, vencedores das últimas edições provinciais desfilaram perante o público, trazendo danças, cânticos e ritos que viajaram de Cabinda ao Cunene e do litoral ao leste.

Um retrato vivo da cultura angolana

Entre os momentos mais vibrantes, a Lunda Norte destacou-se com as máscaras tradicionais e a dança Tchianda, enquanto o Zaire evocou a chegada de Diogo Cão, num quadro que ligou história e turismo. A Huíla trouxe o samakaka e as danças Mumuíla, arrancando aplausos pela energia da juventude.

Benguela encantou com três grupos e a canção “Benguela Cidade Bela”, exaltando bravura e beleza da mulher angolana. A Lunda Sul hipnotizou com a emblemática máscara Mwana Pwo, enquanto o Namibe surpreendeu com a participação inesperada do governador Archer Mangueira, que desfilou lado a lado com os foliões.

O encerramento ficou a cargo de Luanda, ao som do semba, numa homenagem apoteótica ao “Rei da Música Angolana”, Elias Dia Kimuezo, que pôs de pé toda a marginal.

Mais de 3000 foliões e ambiente de união nacional

No total, mais de 3000 foliões participaram no espectáculo, que contou ainda com apresentações do Cuando Cubango, Moxico, Cuanza Norte, Bié, Cuanza Sul, Malanje, Bengo e Uíge. Cada província levou à pista a sua identidade, reforçando o papel da cultura como pilar de coesão e orgulho nacional.

Para o ministro de Estado e chefe da Casa Civil, Adão de Almeida, o evento permitiu “ver o país em poucas horas pela música, dança e trajes que revelam a diversidade cultural de Angola”. Já o ministro da Cultura, Filipe Zau, considerou o desfile um marco das celebrações do cinquentenário da independência.

O presidente da Associação Provincial do Carnaval de Luanda, Victor Nataniel ‘Tany Narciso’, foi ainda mais ousado: declarou que o resultado “superou as expectativas” e defendeu a realização de um Carnaval nacional a cada cinco anos.