João Lourenço testemunha tomada de posse de Nandi-Ndaitwah como primeira mulher Presidente da Namíbia
O Presidente da República, João Lourenço, testemunhou, esta Sexta-feira, a cerimónia de tomada de posse de Netumbo Nandi-Ndaitwah como Presidente da Namíbia, tornando-se assim na primeira mulher a assumir este cargo naquele país.

Registro autoral da fotografia
João Lourenço viajou para a Namíbia na Quinta-feira, tendo sido um dos chefes de Estado que marcou presença na cerimónia desta Sexta-feira, onde Nandi-Ndaitwah tomou posse como Presidente da Namíbia, uma raridade no continente e uma estreia história do país da África Austral, depois da sua vitória nas conturbadas eleições do final de Novembro ter sido confirmada em tribunal.
A mulher de 72 anos, do histórico partido no poder, foi empossada em Windhoek, durante uma cerimónia na presença dos chefes de Estado de Angola, África do Sul e Tanzânia, países vizinhos.
O Presidente cessante, Nangolo Mbumba, de 83 anos, entregou o poder a Nandi-Ndaitwah durante a cerimónia que decorreu no dia em que a Namíbia celebra o seu 35.º aniversário da independência.
Aplausos e vivas soaram quando “NNN”, como é conhecida, fez o juramento de posse.
A Namíbia está a ver uma das suas “filhas mais importantes quebrar o tecto de vidro”, disse Mbumba.
“Não fui eleita por ser mulher, mas pelas minhas capacidades”, afirmou a nova Presidente durante a cerimónia, que contou também com a presença da antiga Presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf.
Nandi-Ndaitwah manifestou durante o discurso o seu apoio ao direito à autodeterminação dos palestinianos e apelou ao levantamento das sanções internacionais contra Cuba, a Venezuela e o Zimbabué.
“Este é um dia importante para África. Ela continuará a ser um modelo para muitas outras jovens mulheres e mulheres de todas as idades”, afirmou a antiga vice-presidente sul-africana Phumzile Mlambo-Ngcuka também convidada para a cerimónia.
À frente deste país desértico, rico em urânio, desde a sua independência em 1990, a Swapo, a formação política de “NNN”, continuou no poder no final de umas eleições confusas, que se prolongaram durante a noite e depois foram oficialmente prorrogadas por mais dois dias em algumas assembleias de voto seleccionadas.
A rejeição do recurso da oposição, no mês passado, permite a Netumbo Nandi-Ndaitwah seguir as pisadas de Ellen Johnson Sirleaf, eleita Presidente da Libéria em 2006, a primeira mulher chefe de Estado de um país do continente africano.
Enquanto ministra dos Negócios Estrangeiros, “NNN” tinha elogiado as “relações historicamente boas” com a Coreia do Norte, um comentário raro na cena diplomática internacional.
Outro desafio do seu mandato: o hidrogénio verde. O imenso potencial de energia solar e eólica da Namíbia faz deste país um Eldorado neste domínio, mas segundo a imprensa, a nova presidente manifestou as suas dúvidas sobre este sector.
Simultaneamente, as missões de exploração em curso na bacia do rio Orange (sudoeste) conduzem a descobertas cada vez mais numerosas de jazidas de gás e de petróleo.
Estas representam uma esperança de impulsionar uma taxa de crescimento de 3,5 por cento, registada no ano passado, que ignorou largamente os jovens, atingidos por um desemprego em massa: 44 por cento dos jovens entre os 18 e os 34 anos estavam sem emprego em 2023.
Esta semana, a líder do partido histórico no poder reiterou a sua promessa de campanha de “criar pelo menos 500.000 empregos” nos “próximos cinco anos”.
Este objectivo, em relação aos três milhões de habitantes do país namibiano, deverá ser alcançado através do investimento de 85 mil milhões de dólares namibianos em vários sectores, como a agricultura, a pesca e indústrias criativas e desportivas.
“Não mencionam de onde virá este montante”, disse à agência de notícias francesa AFP, Henning Melber, investigador do Nordic Africa Institute de Uppsala (Suécia), sublinhando que o orçamento anual “já carece de fundos para serviços sociais, infra-estruturas, saúde e educação”.
C/VA
PONTUAL, fonte credível de informação.
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