Lei anti-vandalismo: protecção colectiva ou ferramenta de intimidação?
O Governo angolano voltou a defender a legislação anti-vandalismo como um instrumento para salvaguardar os direitos colectivos, mas enfrenta críticas de organizações civis que alertam para potenciais abusos e restrições à liberdade de manifestação.

Registro autoral da fotografia
Argumentos oficiais: Protecção da comunidade
Em Genebra, durante a apresentação do relatório de Angola na 4.ª revisão periódica universal do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, o ministro da Justiça, Marcy Lopes, enfatizou que a Lei sobre Vandalização de Bens e Serviços Públicos visa proteger “os direitos de milhares contra os actos criminosos de uns poucos”. Lopes destacou crimes que comprometem o fornecimento de água, energia e transporte, como a destruição de cabos eléctricos e condutas de água.
Citando um caso recente, o ministro mencionou o incêndio de uma subestação que abastecia dois municípios de Luanda, com os culpados já detidos e julgados. Segundo ele, o objectivo da legislação, que prevê penas de até 25 anos de prisão, é garantir que todos possam usufruir de serviços básicos.
Preocupações sobre liberdade de expressão
Apesar da defesa do Governo, organizações da sociedade civil manifestaram receios de que a lei possa ser usada para perseguir manifestantes e reprimir protestos pacíficos. Críticos argumentam que a amplitude das penas pode criar um clima de intimidação, especialmente contra movimentos políticos e activistas.
O grupo parlamentar da UNITA, principal força da oposição, absteve-se durante a aprovação da lei no ano passado, apontando “intenções ocultas” por parte do executivo para controlar adversários políticos e limitar o espaço democrático.
Um balanço difícil
A legislação anti-vandalismo reflete um esforço do Governo para mitigar prejuízos económicos significativos e assegurar a estabilidade dos serviços públicos. Contudo, as críticas à possível instrumentalização da lei levantam questões sobre o equilíbrio entre proteger infra-estruturas públicas e garantir os direitos constitucionais de liberdade de expressão e reunião pacífica.
No contexto da apresentação de Angola na ONU, o debate sobre a aplicação desta lei expõe as divisões internas e os desafios que o país enfrenta para conciliar segurança colectiva e respeito pelas liberdades fundamentais.
PONTUAL, fonte credível de informação.
Notícias que você também pode gostar
Um rastreio de saúde realizado na Sonangol revelou um dado preocupante: quase quatro em cada dez colaboradores apresentam níveis de tensão arterial elevados. E a maioria nem sequer sabia.
Há 6 horas
A Presidência da República decidiu afastar a RTP dos seus eventos oficiais, acusando a estação portuguesa de produzir “notícias tendenciosas” e ignorar uma decisão previamente comunicada. O caso, que já provocou reacções duras em Lisboa e Luanda, reacende o debate sobre os limites da liberdade de imprensa em Angola.
Há 7 horas
Angola prepara-se para entrar em grande no mapa global das terras raras. O Fundo Soberano de Angola (FSDEA) acaba de libertar 25 milhões de dólares para arrancar com a exploração da mina de Longonjo, um dos projectos mais promissores do mundo no sector dos minerais críticos.
Há 7 horas
Explosões ao amanhecer. Tiros cruzados. Mortes confirmadas?
Há 7 horas
O INE anunciou esta Sexta-feira que os dados preliminares do censo populacional 2024 serão divulgados em Setembro e admitiu indisponibilidade financeira para liquidar a dívida a fornecedores, avaliada em oito mil milhões de kwanzas.
Há 20 horas
O Presidente moçambicano agradeceu ao seu homólogo e “irmão” João Lourenço o apoio de Angola na altura em concorreu à presidência, no ano passado, realçando que sentiu o “calor”, “amizade” e apoio dos angolanos a todos os níveis.
Há 20 horas
A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), a Azule Energy e os parceiros do Bloco 15/06, designadamente a Sonangol Exploração e Produção e a Sinopec, celebram a chegada, esta Sexta-feira, do navio flutuante de produção, armazenamento e descarga (FPSO) ‘Agogo’ a águas angolanas, com início de operações previsto para o segundo semestre de 2025.
Há 20 horas
O Presidente moçambicano, Daniel Chapo, destacou a importância dos acordos assinados durante a sua visita a Luanda, nomeadamente o que vai permitir a ligação aérea entre Moçambique e Angola, essencial para acelerar o desenvolvimento económico.
Há 20 horas
Um rastreio de saúde realizado na Sonangol revelou um dado preocupante: quase quatro em cada dez colaboradores apresentam níveis de tensão arterial elevados. E a maioria nem sequer sabia.
Há 6 horas
A Presidência da República decidiu afastar a RTP dos seus eventos oficiais, acusando a estação portuguesa de produzir “notícias tendenciosas” e ignorar uma decisão previamente comunicada. O caso, que já provocou reacções duras em Lisboa e Luanda, reacende o debate sobre os limites da liberdade de imprensa em Angola.
Há 7 horas
Angola prepara-se para entrar em grande no mapa global das terras raras. O Fundo Soberano de Angola (FSDEA) acaba de libertar 25 milhões de dólares para arrancar com a exploração da mina de Longonjo, um dos projectos mais promissores do mundo no sector dos minerais críticos.
Há 7 horas
Explosões ao amanhecer. Tiros cruzados. Mortes confirmadas?
Há 7 horas
O INE anunciou esta Sexta-feira que os dados preliminares do censo populacional 2024 serão divulgados em Setembro e admitiu indisponibilidade financeira para liquidar a dívida a fornecedores, avaliada em oito mil milhões de kwanzas.
Há 20 horas
O Presidente moçambicano agradeceu ao seu homólogo e “irmão” João Lourenço o apoio de Angola na altura em concorreu à presidência, no ano passado, realçando que sentiu o “calor”, “amizade” e apoio dos angolanos a todos os níveis.
Há 20 horas
A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), a Azule Energy e os parceiros do Bloco 15/06, designadamente a Sonangol Exploração e Produção e a Sinopec, celebram a chegada, esta Sexta-feira, do navio flutuante de produção, armazenamento e descarga (FPSO) ‘Agogo’ a águas angolanas, com início de operações previsto para o segundo semestre de 2025.
Há 20 horas
O Presidente moçambicano, Daniel Chapo, destacou a importância dos acordos assinados durante a sua visita a Luanda, nomeadamente o que vai permitir a ligação aérea entre Moçambique e Angola, essencial para acelerar o desenvolvimento económico.
Há 20 horas