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Medicamentos como paracetamol vão ser made in Angola. Fábrica vai produzir 100 milhões de comprimidos

Junho do próximo ano é o possível prazo para o país começar a fabricar medicamentos para atender o mercado nacional e o mercado internacional. A fabricação de medicamentos com carimbo nacional será da responsabilidade da fábrica Ovihemba – Laboratório Farmacêutico S.A, que está a ser implementada no Huambo desde Agosto e vai ser capaz de produzir 100 milhões de comprimidos por ano.

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Há 1 mês
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Contando com um investimento de cerca de seis milhões de dólares, a futura fábrica vai disponibilizar três tipos de medicamentos em formato de comprimidos: paracetamol, coartem e enalapril.

Estas informações foram adiantadas por Sérgio Sousa, presidente do Conselho de Administração (PCA) da Ovihemba. Em declarações na sessão de esclarecimentos acerca do recrutamento de futuros trabalhadores, que teve início esta Terça-feira, o PCA apontou que empresa farmacêutica Ovihemba quer contratar trabalhadores angolanos para valorizar os recursos humanos locais, bem como tornar o Huambo uma importante referência na fabricação de medicamentos, aceites em termos nacionais e internacionais.

Já no que diz respeito à matéria-prima, Sérgio Sousa, citado pela Angop, disse que, inicialmente, os materiais serão provenientes da Europa, já que a fábrica vai ter uma estrutura técnica composta por equipamento de produção, laboratório moderno e todas as condições necessárias para uma indústria farmacêutica, no qual farão parte 32 funcionários (técnicos e administrativos).

O PCA da empresa disse ainda estarem preocupados com as questões ambientais, indicando que a fábrica possui padrões actualizados e cumpre as exigências ambientais para participar do processo de redução de carbono: “Nós estamos preocupados com as questões climáticas e o futuro das gerações vindouras e temos que deixar um planeta habitável, para os nossos netos”.

Segundo Sérgio Sousa, a unidade fabril segue o padrão da Organização Mundial de Saúde (OMS) e possui uma infra-estrutura que conta com processos tecnológicos da Europa aconselháveis para produzir medicamentos que podem ser usados no tratamento de seres humanos.

Já Ataulfo de Fontes Pereira, vice-reitor da Universidade José Eduardo dos Santos, aplaudiu a iniciativa da empresa farmacêutica, avançando que a universidade oferece cursos nas áreas da saúde para atender às necessidades de emprego desta nova unidade fabril, em processo de implementação na província, escreve a Angop.

À margem da cúpula do G20, decorrida na cidade brasileira do Rio de Janeiro, o Presidente da República, João Lourenço realizou várias audiências com personalidades políticas, dos ramos da ciência e cultura, alta finança e indústria farmacêutica.

Segundo uma breve nota do CIPRA, a que o VerAngola teve acesso, no domínio da indústria farmacêutica, João Lourenço reuniu-se com o CEO do Grupo Industrial Farmacêutico EMS, Carlos Eduardo Sánchez, tendo abordado “sobre a possibilidade de estender os seus negócios a Angola”.

Ainda no que diz respeito à implementação de uma indústria farmacêutica no país, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, vai deslocar-se até ao Brasil, no início do próximo mês, para uma visita de exploração e aproximação, informou José de Lima Massano, ministro de Estado para a Coordenação Económica, após a audiência do chefe de Estado com o Grupo Industrial Farmacêutico SEM.

Segundo Lima Massano, no seguimento da visita da comitiva nacional ao Brasil, em Fevereiro, uma delegação da empresa brasileira irá até Angola, para se decidirem outros aspectos, tendo em vista a possível concretização do projecto.

“Temos este grupo brasileiro com esta vontade e com as referências muito concretas da nossa realidade, pelo que se gera aqui uma forte expectativa de podermos ter este grupo a investir no nosso país”, disse, citado pela Angop.

C/VA

PONTUAL, fonte credível de informação.