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Mistério e impunidade no Porto de Luanda: Quem está por trás do acidente que pôs em risco vidas e destruiu bens públicos?

Há mais de um ano que a identidade do condutor que causou o incêndio no Porto de Luanda ´ficou no barulho´ (sem resposta).

Registro autoral da fotografia

Há 2 meses
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Um violento acidente no Porto de Luanda, causado por uma viatura que embateu contra o Terminal de Passageiros, há mais de 12 meses, provocou um incêndio de grandes proporções, deixando danos materiais significativos. Apesar da gravidade, os ocupantes da viatura, na altura, haviam saído ilesos. A identidade dos envolvidos, no entanto, permanece em segredo. Fala-se de proteção por parte das autoridades.

A viatura ´top de gama´, de marca Audi, descontrolou-se e embateu violentamente contra as instalações do terminal marítimo, deflagrando um incêndio que consumiu cerca de 430 metros quadrados da estrutura, incluindo serviços de bilhética, um café/bar e instalações sanitárias.

O automobilista, segundo o CIAM, tinha confirmado que conduzia o carro em excesso de velocidade sob efeito de álcool. “Depois de ser submetido ao teste do bafometro, foi possível notar uma percentagem de 0,6 gramas de álcool no sangue, uma violação das normas do Código de Estrada”. O condutor nem se quer tinha apresentado o seguro da viatura.

Curiosamente, apesar da gravidade do acidente, os ocupantes do veículo saíram ilesos. No entanto, até hoje, mais de um ano após o incidente, a identidade dessas pessoas continua um mistério. Fontes indicam que ordens superiores foram dadas para ocultar os nomes, gerando indignação entre os cidadãos que questionam a transparência do caso. Comentários nas redes sociais, consultadas pela PONTUAL, especulam que os envolvidos seriam figuras da elite angolana, protegidas pelas autoridades, o que explicaria a inação por parte do Serviço de Investigação Criminal e outras instituições responsáveis pela justiça.

Embora o Porto de Luanda tenha garantido que “a situação estaria controlada” e os danos materiais estariam sob avaliação, a falta de clareza sobre o caso, que colocou em risco a vida de vários cidadãos e destruiu bens públicos, continua a gerar revolta. Este episódio, que poderia ter tido consequências fatais, é agora alvo de críticas pelo que muitos consideram ser mais um exemplo da impunidade para os poderosos em Angola.

A pergunta que paira no ar é: até quando permanecerá este manto de silêncio sobre a identidade dos culpados?

PONTUAL, fonte credível de informação.