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Nações Unidas lamenta vulnerabilidade das crianças

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, lamentou, domingo, a delicada situação das crianças em consequência das catástrofes que atingiram o mundo e destacou a aposta na educação como ferramenta-chave para reduzir os riscos para todos. segunda-feira, 14 de outubro de 2024

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“Quando os desastres ocorrem, causam enorme devastação às pessoas, sociedades e economias. As repercussões da morte, destruição e deslocamento são inimagináveis??(…). Ninguém está seguro, mas as crianças são especialmente vulneráveis”, afirmou numa declaração por ocasião do Dia Internacional para a Redução do Risco de Desastres.

António Guterres alertou que o aumento – tanto em frequência como em intensidade – de desastres fez com que o número de crianças afectadas por inundações destrutivas em todo o mundo tenha atingido “os níveis mais elevados em mais de três décadas”, destacando entre as “repercussões mais graves” desta realidade a interrupção da educação ou dos cuidados de saúde.

O ex-primeiro-ministro português salientou que a educação é fundamental, não só para proteger as crianças, mas também para permitir que participem na tomada de decisões para reduzir os riscos para todos”, instando os Governos de todo o mundo a cumprirem as suas obrigações para com as gerações futuras de construir um futuro mais seguro e mais resiliente.”

Segundo a ONU, o Dia Internacional para a Redução do Risco de Desastres 2024 foca o papel da educação na protecção e capacitação das crianças para um futuro livre de desastres.

A organização refere que muitos desastres, muitas vezes agravados pelas mudanças climáticas, representam ameaças significativas ao bem-estar de crianças e jovens.

O UNICEF relata que cerca de um bilhão de crianças em todo o mundo estão em risco extremamente alto devido aos impactos climáticos e desastres relacionados.

Em 2022, o número de crianças afectadas por inundações no Tchade, Gâmbia, Paquistão e Bangladesh foi o mais alto em mais de 30 anos.

Além do risco de morte e ferimentos, as crianças enfrentam outros desafios na forma de interrupções na educação, nutrição, saúde e questões de protecção após um desastre.

De acordo com a ONU, para proteger as crianças de desastres, os países precisam de considerar as suas vulnerabilidades e requisitos ao desenvolver estratégias nacionais e locais de redução do risco de desastres.

É, igualmente, importante capacitar crianças e jovens e proporcionar-lhes a oportunidade de contribuir para a redução do risco de desastres, conforme descrito no Marco de Sendai para a Redução do Risco de Desastres 2015-2030.O reforço do poder das crianças, principalmente por meio da educação, pode equipá-las para se protegerem e se tornarem agentes de mudança em suas famílias e comunidades, compartilhando o que aprenderam.

Isso é especialmente relevante no contexto do esforço global para expandir os sistemas de alerta precoce sob a iniciativa de Alertas Precoces para Todos do Secretário-Geral da ONU.

Jornal de Angola

PONTUAL, fonte credível de informação.