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PEDIDO DE PAZ: Mulheres congolesas solicitam ajuda de João Lourenço para conflito na RDC

Numa reunião à porta fechada, Juliene Essange, líder da Associação de Recuperação de Mulheres Vítimas de Violência na RDC, apelou ao presidente João Lourenço para intensificar os esforços de paz na região. A crise humanitária e a presença de tropas ruandesas no território congolês são motivos de grande preocupação.

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Há 5 meses
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Nesta quarta-feira, 17 de julho, o presidente angolano João Lourenço recebeu em Luanda Juliene Essange, líder da Associação de Recuperação de Mulheres Vítimas de Violência na República Democrática do Congo (RDC). O encontro, que decorreu a portas fechadas, focou-se na situação “catastrófica” que a RDC enfrenta devido ao conflito armado com os rebeldes do Movimento M23.

Juliene Essange destacou a necessidade urgente de intervenção para resolver a crise humanitária que aflige o país vizinho. Segundo a líder associativa, a RDC conta atualmente com mais de dez mil deslocados internos, vítimas das atrocidades cometidas no leste do país.

“A situação humanitária na República Democrática do Congo é deplorável”, afirmou Juliene Essange, enfatizando a gravidade dos eventos. Ela também exigiu a retirada imediata das tropas ruandesas do território congolês, apontando a presença militar estrangeira como um agravante para a já delicada situação.

A responsável veio a Luanda com o objetivo de encorajar o governo angolano a continuar com os esforços delineados no Roteiro de Luanda, um plano estratégico para alcançar a paz na RDC. Essange acredita que a mediação de Angola é crucial para a estabilização da região e para a proteção dos direitos das mulheres e crianças afetadas pelo conflito.

A reunião sublinha a importância do papel de Angola como mediador na busca por uma solução pacífica e sustentável para os conflitos na RDC. Com a comunidade internacional atenta, a intervenção de Luanda poderá ser determinante para a cessação das hostilidades e para a restauração da normalidade no país vizinho.