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Presidente de Angola e líder da União Africana exorta à consolidação do diálogo e à paz no Médio Oriente

O Presidente de Angola e presidente em exercício da União Africana (UA), João Lourenço, saudou o acordo de paz alcançado entre Israel e o movimento islamista Hamas, classificando-o como “um passo determinante” rumo ao fim de décadas de sofrimento entre os dois povos.

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Numa nota oficial enviada às redacções, João Lourenço destacou que o entendimento “constitui um marco nos esforços pela cessação das hostilidades e pela convivência pacífica entre palestinianos e israelitas”.

“Exorto as partes em conflito a perseverarem nesta via do diálogo e a manterem o engajamento construtivo, com vista à libertação dos reféns israelitas e dos prisioneiros palestinos, e à concretização de um acordo definitivo que assegure uma paz duradoura”, lê-se na mensagem do Chefe de Estado.

O Presidente angolano reforçou ainda a importância de reconstruir Gaza e implementar a solução dos dois Estados, Palestina e Israel “vivendo lado a lado em paz e segurança, conforme as resoluções das Nações Unidas”.

O cessar-fogo entrou em vigor esta sexta-feira, às 12h00 locais (10h00 em Luanda), pondo fim a meses de confrontos intensos. O entendimento foi mediado pelos Estados Unidos, Qatar, Egipto e Turquia, no quadro do plano de paz norte-americano, e prevê a troca de reféns e prisioneiros entre as partes.

Fontes militares israelitas confirmaram que as Forças de Defesa de Israel (IDF) reposicionaram as tropas nas chamadas “linhas amarelas” definidas pelo acordo. O pacto estabelece um prazo de 72 horas para a libertação de 48 reféns, dos quais 20 estão vivos, ainda retidos em Gaza desde o ataque do Hamas de 7 de Outubro de 2023.

Na ofensiva do grupo islamista, morreram 1.219 pessoas, na maioria civis, segundo dados oficiais citados pela agência AFP. Em retaliação, Israel desencadeou uma campanha militar devastadora que provocou, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, mais de 67 mil mortos e um cenário de catástrofe humanitária.