Província de Malanje prepara-se para acto central do 64.º aniversário do Dia dos Mártires da Repressão Colonial
A província de Malanje vai ser palco, este sábado, do acto central das celebrações do 64.º aniversário do Dia dos Mártires da Repressão Colonial, numa homenagem marcada pela memória e reflexão. Sob o lema “Angola 50 anos: Preservar e Valorizar as Conquistas Alcançadas Construindo um Futuro Melhor”, a cerimónia principal terá lugar no município de Kiwaba Nzoji.
Registro autoral da fotografia
De acordo com um vídeo divulgado pelo Governo Provincial de Malanje, as comemorações deste ano visam enaltecer os 64 anos de resistência contra a ocupação colonial, destacando o heroísmo dos angolanos que lutaram pela liberdade, com especial atenção para os mártires da repressão colonial na Baixa de Cassanje.
Um tributo aos heróis da Baixa de Cassanje
O dia 4 de Janeiro de 1961 permanece gravado na memória colectiva do país como o marco inicial da luta contra o regime colonial. A revolta dos trabalhadores dos campos de algodão da Baixa de Cassanje, explorados por uma empresa portuguesa, simboliza o início de um confronto sangrento e desigual, mas crucial na trajetória pela independência.
Este episódio trágico, onde centenas de angolanos perderam a vida sob a brutal repressão do regime colonial, é recordado como um acto de coragem e determinação. A data foi instituída para homenagear as vítimas do massacre e reforçar o compromisso de Angola em preservar as conquistas alcançadas pela independência.
Uma cerimónia de reflexão e esperança
As celebrações deste ano não são apenas um momento de homenagem, mas também uma oportunidade para refletir sobre os desafios enfrentados e o caminho a seguir. Ao recordar o sacrifício dos mártires da repressão colonial, o acto central em Malanje pretende inspirar as novas gerações a valorizar a história e a contribuir para a construção de um futuro melhor para Angola.
A escolha de Malanje para acolher o evento reforça o simbolismo da província na história do país, sendo um palco importante de luta e resistência. Kiwaba Nzoji, em particular, torna-se o epicentro da memória nacional neste dia, reunindo cidadãos e autoridades num momento de união e respeito pelas conquistas da nação.
O espírito de resistência permanece vivo
À medida que Angola avança, as celebrações do Dia dos Mártires da Repressão Colonial recordam que a liberdade foi conquistada com suor e sangue, e que o patriotismo demonstrado pelos heróis da Baixa de Cassanje deve continuar a guiar o país na preservação dos seus valores e na construção de um futuro mais justo e próspero.
PONTUAL, fonte credível de informação.
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