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Sites de chantagem ameaçam políticos e empresários em Angola

O número de sites e páginas nas redes sociais dedicados à difamação e chantagem a figuras políticas e empresariais em Angola tem crescido de forma preocupante, mas a ausência de intervenção das entidades reguladoras mantém o fenómeno em expansão.

Registro autoral da fotografia

Há 4 horas
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Fontes próximas às vítimas indicam que alguns destes portais funcionam em rede, muitas vezes sob a gestão de um único indivíduo que gere múltiplos sites para maximizar lucros mediante a publicação e posterior retirada de matérias mediante pagamento. Entre os alvos mais recentes encontra-se Pedro Agostinho de Neri, Secretário-Geral da Assembleia Nacional, alvo de ataques que carecem de qualquer fundamentação documental ou factual.

Espalhados pelo país e na diáspora, os responsáveis por estas publicações recorrem a inverdades cuidadosamente construídas para provocar preocupação nas vítimas, pressionando-as a negociar a remoção dos conteúdos. Tudo quanto se publica sobre a figura em causa é falso. Nem dados, nem provas existem. Trata-se apenas de chantagem.

Reação de um internauta no facebook

Não são apenas personalidades políticas a sofrer este tipo de assédio. Empresários e outras figuras públicas têm igualmente sido alvos, muitas vezes obrigados a ceder a exigências financeiras para evitar a exposição mediática.

O mais preocupante é o silêncio institucional. Nem a Comissão de Carteira e Ética, nem o Sindicato dos Jornalistas, nem a Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERCA) têm tomado medidas para conter esta prática.

Enquanto isso, o panorama da comunicação digital em Angola continua vulnerável, permitindo que a desinformação e a chantagem floresçam sem qualquer consequência, com danos irreversíveis à credibilidade das instituições e à segurança jurídica dos cidadãos.