União Africana abre caminho para cessar-fogo no Sudão com mediação de João Lourenço
A União Africana (UA) iniciou contactos directos com as partes em conflito no Sudão com vista à declaração de um cessar-fogo imediato, revelou o Presidente angolano, João Lourenço, que lidera actualmente a organização continental. O anúncio foi feito na noite de sexta-feira, em Lisboa, durante um jantar oficial oferecido pelo homólogo português, Marcelo Rebelo de Sousa, no âmbito da visita de Estado a Portugal.

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Segundo o chefe de Estado angolano, as reuniões preliminares com representantes do exército sudanês e das Forças de Apoio Rápido (RSF) decorrem em Luanda, num esforço para interromper os confrontos armados que desde Abril de 2023 têm devastado o país africano.
“Através de contactos separados com ambas as partes, esperamos anunciar em breve um cessar-fogo que permita iniciar negociações de paz e facilitar a entrega urgente de ajuda humanitária”, afirmou João Lourenço.
Embora tenha felicitado a “coragem” de uma das partes em aceitar o princípio da trégua, o Presidente não revelou qual dos lados o exército sudanês ou as RSF demonstrou abertura para interromper as hostilidades. “Encorajamos a outra parte a dar também uma oportunidade à paz”, acrescentou.
O conflito sudanês já provocou uma grave crise humanitária. De acordo com dados recentes, mais de 13 milhões de pessoas foram deslocadas, quatro milhões das quais buscaram refúgio em países vizinhos. Infra-estruturas essenciais como bancos, portos e agências governamentais foram destruídas, enquanto em regiões como Darfur e o sul do Sudão a fome extrema já foi oficialmente declarada.
João Lourenço lamentou o escalar da violência e alertou para o “nível insustentável” da tragédia. “A situação no Sudão exige uma acção concertada e urgente da comunidade internacional para evitar um colapso total”, frisou.
A mediação em curso insere-se numa linha mais ampla de intervenção diplomática que a União Africana tem vindo a adoptar sob liderança de Angola. João Lourenço recordou os avanços recentes nos processos de pacificação da República Centro-Africana e do leste da República Democrática do Congo.
Neste último caso, destacou a assinatura, a 19 de Julho, no Catar, de uma declaração de princípios entre o Governo congolês e o grupo rebelde M23, que prevê um cessar-fogo permanente. O entendimento foi considerado um sinal promissor no caminho para um acordo de paz duradouro na região.
Na República Centro-Africana, também em Abril deste ano, líderes da coligação rebelde CPC e representantes do Governo alcançaram entendimentos preliminares no Chade, com vista à estabilização do país.
João Lourenço reiterou, em Lisboa, o compromisso da União Africana em continuar a mediar conflitos no continente, apelando ao envolvimento da comunidade internacional no apoio às iniciativas de paz lideradas por africanos.
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