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489 processos e 51 acusações em apenas um ano na PGR

A Procuradoria-Geral da República (PGR) encerra o ano com um número impressionante: 489 processos-crime de corrupção instaurados, revelando um dos períodos mais intensos de combate à criminalidade económico-financeira em Angola.

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De acordo com o diário institucional da PGR, destes processos resultaram 51 acusações formais, sinal de que as autoridades judiciais reforçaram a pressão sobre esquemas ilícitos que continuam a ameaçar a integridade da gestão pública. Em paralelo, o organismo assinala um avanço significativo na cooperação internacional, ao passar de 66 para 70 cartas rogatórias emitidas, e ao firmar novos acordos com países como Rússia, Cuba, Reino Unido e Vietname.

Pedro de Carvalho, director nacional de Investigação e Acção Penal, Prevenção e Combate à Corrupção, sublinha que 2025 marcou um salto expressivo na formação de quadros: 171 profissionais capacitados, mais do dobro do registado no ano anterior, reforçando a capacidade técnica necessária para lidar com investigações de alta complexidade.

O relatório dá ainda conta de um reforço estratégico das equipas de investigação especializadas. As estruturas dedicadas aos chamados “mega casos” aumentaram de três para cinco equipas multissectoriais, um movimento interpretado como resposta directa ao crescimento e sofisticação dos esquemas de corrupção detectados no país.

A PGR destaca que estes números reflectem um ano de “trabalho intenso e de firme compromisso com a justiça”, numa altura em que a vigilância pública sobre actos de corrupção continua elevada e as expectativas de resultados concretos são cada vez maiores.