0º C

03 : 58

Estado gasta fortuna em sementes de caju, cacau e café importados

O Executivo vai aplicar 1,2 mil milhões de kwanzas na importação de sementes melhoradas de caju, cacau, café robusta e palmeira de dendém, com o objectivo de impulsionar a produção nacional e diversificar a economia, anunciou o Instituto Nacional do Café (INCA).

Registro autoral da fotografia

Há 3 dias
2 minutos de leitura

De acordo com o concurso público publicado no Jornal de Angola, as aquisições serão feitas em diferentes países produtores: cacau em São Tomé e Príncipe, caju em Moçambique, café robusta no Uganda e sementes pré-germinadas de palmeira de dendém na Malásia e em Moçambique.

Os valores mais elevados serão destinados ao café robusta (476 milhões de kwanzas) e ao cacau (330 milhões). Seguem-se a palmeira de dendém (202 milhões) e o caju (196,2 milhões). No total, prevê-se a compra de 1,5 milhões de quilos de sementes de cacau, 1,2 milhões de unidades de caju, um milhão de sementes de dendém e 1.700 quilos de café robusta.

Segundo Henrique do Nascimento António, director-geral adjunto para os Serviços Administrativos do INCA, a iniciativa integra o plano nacional de fomento agrícola, que aposta na renovação das plantações com variedades híbridas mais resistentes e produtivas.

“O investimento será feito em material genético melhorado, capaz de garantir ganhos significativos na produção. Estimamos que, a partir de cinco anos, o país não só aumente a oferta interna como tenha condições para exportar”, destacou o responsável, citado pela Emissora Católica de Angola.

O Governo sublinha que o recurso a sementes importadas é necessário devido à falta de variedades híbridas de qualidade no mercado interno. No caso do caju e da palmeira de dendém, a aposta deverá contribuir directamente para a instalação de novas plantações e para o aumento da produção a médio prazo.