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Investimento chinês ultrapassa 27 mil milhões em Angola

A parceria entre Angola e a China continua a revelar números impressionantes. Em 2024, o volume das trocas comerciais entre os dois países atingiu os 24 mil milhões de dólares, consolidando a presença chinesa como uma das mais influentes na economia angolana.

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O dado foi revelado esta segunda-feira, em Luanda, durante a conferência “A Influência do Sector Empresarial Chinês na Economia Nacional de Angola”, promovida pela Câmara de Comércio Angola-China (CAC) e pela TV Zimbo.

Segundo o presidente da CAC, Luís Cupenela, o investimento chinês mantém-se robusto, com um “stock” que ultrapassa os 27 mil milhões de dólares, dos quais cerca de 5 mil milhões foram aplicados em sectores não petrolíferos. “A China é hoje um pilar do progresso de Angola. Saber tirar proveito desta relação é garantir desenvolvimento e estabilidade”, afirmou.

Mais de 500 empresas de capital chinês operam actualmente em território angolano, envolvendo-se em áreas que vão da construção civil à indústria transformadora, passando pela agricultura, finanças e serviços. “Essas empresas encontraram aqui a sua segunda pátria”, destacou Cupenela, frisando que a parceria é “activa, contínua e mutuamente benéfica”.

O embaixador da China em Angola, Zhang Bin, reforçou que as relações bilaterais, que já duram 42 anos, têm produzido “resultados tangíveis” e contribuído de forma decisiva para a reconstrução nacional. “A presença chinesa está gravada em estradas, caminhos-de-ferro, portos, hospitais e sistemas de água que hoje servem milhões de angolanos”, sublinhou o diplomata.

Zhang Bin salientou ainda que a cooperação sino-angolana não se limita ao petróleo, abrangendo agora sectores como a agricultura, mineração, finanças, imobiliário e parques industriais, gerando milhares de empregos e contribuindo para a diversificação da economia nacional.

Apesar das incertezas económicas globais, Cupenela garantiu que “a China continua a acreditar numa Angola de futuro, firme no caminho do progresso e do desenvolvimento sustentável”.

A conferência marcou também o 17.º aniversário da TV Zimbo, os 42 anos de cooperação Angola–China e os 50 anos da independência de Angola, a celebrar-se a 11 de Novembro próximo.