João Lourenço e Príncipe Harry reforçam parceria para desminagem em Angola
O Presidente da República, João Lourenço, recebeu esta Terça-feira, em Luanda, o Príncipe Harry, Duque de Sussex, numa audiência centrada no reforço das acções de desminagem em Angola, onde ainda persistem quase mil áreas contaminadas por explosivos remanescentes da guerra civil. Durante o encontro, foi reafirmado o compromisso do Estado angolano em financiar as operações da organização britânica HALO Trust por mais três anos.

Registro autoral da fotografia
O anúncio do novo apoio foi feito pelo director executivo da HALO Trust, James Cowan, que destacou o empenho do Governo angolano na erradicação das minas antipessoal. “O Presidente João Lourenço manifestou intenção de avançar com um novo contrato significativo para os próximos três anos”, referiu, sem adiantar os valores envolvidos.
A Presidência da República confirmou a audiência através de nota oficial, sublinhando que o Príncipe Harry se encontra em Angola com o propósito de apoiar os esforços da sua fundação no domínio da desminagem, área à qual se mantém ligado desde a histórica visita da sua mãe, a Princesa Diana, em 1997, ao Huambo.
Angola continua entre os países mais afectados por contaminação mineira no continente africano. Apesar dos avanços registados desde o fim do conflito armado em 2002, persistem actualmente 975 campos minados, com destaque para as províncias do Bié, Cuando Cubango, Moxico e Cuanza Sul. Estima-se que a limpeza total exija investimentos na ordem dos 240 milhões de dólares, sobretudo em zonas estratégicas como o Corredor do Lobito.
A HALO Trust, presente em Angola desde 1994, é uma das organizações internacionais mais activas na remoção de engenhos explosivos, contribuindo para devolver terras seguras às populações e permitir o avanço de infra-estruturas críticas. Apenas no Corredor do Lobito, restam 192 áreas identificadas como contaminadas, que condicionam operações ferroviárias e logísticas.
A visita do Príncipe Harry surge num momento-chave, a poucos meses do fim do prazo oficial de desminagem previsto na Convenção de Otawa, do qual Angola é Estado-parte. Face aos desafios persistentes, o Governo prepara-se para solicitar uma nova prorrogação a terceira até 2030. O pedido será formalizado na 22.ª reunião dos Estados-parte da convenção, marcada para Dezembro, em Genebra.
Segundo o brigadeiro Leonardo Sapalo, director da Agência Nacional de Acção contra Minas (ANAM), o pedido de extensão já foi estruturado com base num plano técnico partilhado com vários parceiros internacionais e organizações da sociedade civil envolvidas no processo, incluindo a HALO Trust, a MAG, a APOPO e as Forças Armadas Angolanas.
João Lourenço reafirmou no ano passado a meta de tornar Angola livre de minas até 2027. O reforço orçamental anunciado com um investimento previsto de 240 milhões de dólares nos próximos dois anos visa acelerar os trabalhos de limpeza, sobretudo nas áreas com maior impacto económico e social.
A audiência com o Príncipe Harry e o anúncio de renovação do apoio à HALO Trust voltam a colocar a desminagem no topo da agenda nacional, sublinhando a relevância humanitária, ambiental e estratégica de uma Angola finalmente livre de minas.
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