0º C

17 : 35

Jornalistas da Guiné-Bissau criam equipa para supervisionar a ética na profissão

Uma equipa de jornalistas vai passar a supervisionar a observância da ética no trabalho dos profissionais e órgãos de comunicação social do país, anunciou hoje o Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social (Sinjotecs).

Registro autoral da fotografia

Há 9 meses
2 minutos de leitura

A iniciativa parte desta organização, como disse à Lusa o dirigente Diamantino Lopes, explicando que a ideia é criar um corpo de jornalistas que vão passar a monitorizar de forma permanente a observância ou não da ética nos trabalhos dos profissionais da comunicação social na Guiné-Bissau.

“Partimos do princípio de que não podemos ser apenas os fiscalizadores das práticas negativas na sociedade, mas sim, também nós, autores dos ‘midias’, temos de ter a capacidade de autocontrolo na nossa atividade”, defendeu Diamantino Lopes.

O responsável do sindicato dos jornalistas da Guiné-Bissau notou que a equipa da monitorização da ética vai estar atenta ao trabalho dos jornalistas das cerca de 40 rádios comunitárias, alguns jornais, da televisão pública, das várias rádios comerciais e temáticas e ainda à imprensa online.

Para a preparação desta equipa, decorreu em Bissau, durante dois dias, quinta-feira e hoje, uma ação de formação onde vinte jornalistas guineenses debateram as fórmulas para melhorar a observância da ética profissional.

A ação de formação foi pelo Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social (Sinjotecs) da Guiné-Bissau e pela Fundação dos Media para a África Ocidental, com sede no Gana, e enquadra-se no âmbito do projeto “Informação de Qualidade”.

Inicialmente o Sinjotecs convidou 15 jornalistas para a formação, mas compareceram mais de 20 profissionais, assinalou Diamantino Lopes, ao falar da importância da ação.

A formação é ministrada pelo jornalista luso-cabo-verdiano Nuno Andrade.

Em representação dos formandos, Satan Indjai, da Rádio Galáxia de Pindjiguiti (estação privada comercial), e Amadu Madja Fofana, da Rádio Nossa da Igreja Evangélica, saudaram a iniciativa do Sinjotecs.

“Esta formação ajuda-nos a revistar as nossas responsabilidades, em fazer o nosso trabalho com clareza, mas também em ter a ética como uma forma de autoproteção na nossa profissão”, disse Satan Indjai.

Apresentadora de vários programas educativos, Indjai observou que “a ética é uma ferramenta que todos os profissionais devem observar sempre” e ainda destacou a “forma prática” como Nuno Andrade está a abordar o assunto.

Madja Fofana, apresentador de noticiário e repórter, afirmou que a formação vai servir para que tenha maior atenção em relação à ética e também para estar atento ao trabalho dos outros profissionais da comunicação social.