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Ministro da Cultura condena abusos em nome da fé

Em um discurso poderoso e emocionante, o Ministro da Cultura de Angola, Filipe Zau, expressou uma condenação firme e inequívoca aos actos criminosos perpetrados por líderes religiosos contra seus seguidores.

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Há 7 meses
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Durante a abertura da terceira edição do Fórum sobre “A problemática do Fenómeno Religioso e Suas Implicações no Descaminho da Ética e dos Valores”, Zau destacou a preocupante tendência de algumas confissões religiosas em falhar na gestão de conflitos internos, resultando na formação de facções e, eventualmente, novas igrejas ou seitas.

Estes actos, descritos pelo ministro como “menos nobres e até desvirtuosos”, foram lamentados como exemplos de condutas que desviam os princípios éticos e morais que a sociedade espera das lideranças religiosas. A Comissão Intersectorial para os assuntos comuns religiosos reportou inúmeros casos aos órgãos competentes, refletindo uma crise de valores que ameaça a coesão social do país.

Filipe Zau alertou que o comportamento de algumas lideranças religiosas pode ser um indicativo de uma iminente anomia social, exigindo uma ação imediata e decisiva. Ele apelou aos cidadãos para que repensem suas atitudes e ações em relação aos incidentes dentro das comunidades religiosas, que deveriam ser bastiões de conduta exemplar, promovendo a paz, o respeito e a dignidade humana.

O ministro criticou a prevalência da ganância material sobre o espírito de solidariedade e humildade cristã, enfatizando que as tradições religiosas não devem ser corrompidas por desvirtuações intencionais. Ele concluiu seu discurso com um apelo apaixonado para a preservação de uma educação religiosa e cívica robusta para as futuras gerações, que carregarão o dever patriótico de construir uma Angola cada vez melhor para todos os angolanos.