Nada como o esperado: nova cidade em Mavinga enfrenta o desafio das estradas e da distância
Mavinga, outrora um dos principais bastiões da UNITA durante a guerra civil, prepara-se para receber um dos mais ambiciosos projectos urbanísticos de Angola. A vila, transformada em capital da recém-criada província do Cuando, deverá dar lugar a uma nova cidade com hospital, zonas industriais, habitação moderna e serviços administrativos. Mas, no terreno, a realidade continua marcada por carências básicas, falta de acessos e dúvidas sobre a concretização das promessas.

Registro autoral da fotografia
As autoridades provinciais asseguram que o projecto será desenvolvido em três fases, numa área total de 1.400 hectares, parte de um plano mais vasto de 14 mil. A prioridade, garantem, será a construção de um hospital, seguida da criação de infraestruturas sociais, habitação multifuncional e parques empresariais. “Ainda agora começámos, mas já há empreiteiros mobilizados”, assegura Américo Tarcísio, director do gabinete do governador provincial, sem avançar prazos nem valores de investimento.
A escolha de Mavinga para capital do Cuando é também um gesto simbólico. O Governo promete preservar a antiga vila, sem demolir vestígios ligados à história da guerra, enquanto ergue uma cidade de “traço moderno” que respeite a realidade local. “Os edifícios não terão mais de dois andares para não contrastar com a vivência das comunidades”, explica o responsável.
Com cerca de 23 mil habitantes, Mavinga poderá chegar a 85 mil até 2050. Mas para já, a população enfrenta dificuldades de mobilidade, com estradas degradadas que obrigam a viagens de várias horas em camiões todo-o-terreno. O abastecimento de água depende de um tanque que funciona apenas quando há electricidade, e o combustível chega de longas distâncias.
A oposição manifesta cepticismo. O secretário provincial da UNITA, Bastos Ngangwe, critica o que considera ser um projecto “meramente idealizado”, lembrando que “sem estradas não há cidade”. O dirigente aponta ainda para a escassez de medicamentos e serviços de saúde, que contrasta com o passado da região sob controlo do seu partido.
Apesar das críticas, a administração local insiste no diálogo político e na aposta no desenvolvimento. “O que é antigo faz parte da história e será preservado. O que construímos é para melhorar o futuro”, afirma Américo Tarcísio.
Entre promessas e dificuldades, Mavinga simboliza os desafios da mais jovem província angolana: um território vasto e rico em recursos naturais, mas ainda refém do isolamento e da ausência de infraestruturas.
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