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Parlamentar do MPLA destaca ganhos da paz e apela à união nacional

O deputado do MPLA Mário Pinto de Andrade afirmou, esta quinta-feira, em Luanda, que “chegou a hora de amar Angola”, defendendo que as famílias angolanas já se reconciliaram e que o país vive um momento que deve ser dedicado à paz, à unidade e à reconstrução nacional.

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À margem do Congresso Nacional da Reconciliação, promovido pela Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), o parlamentar sublinhou que “depois de 27 anos de conflito, o povo angolano aprendeu o valor da paz” e que os 23 anos de estabilidade e os 50 anos de independência demonstram que valeu a pena persistir no caminho da reconciliação.

Mário Pinto de Andrade destacou o simbolismo do encontro, que juntou partidos políticos, autoridades tradicionais e representantes da sociedade civil, considerando-o um espaço de diálogo necessário e uma prova de que a paz nasce na mente dos homens. Contudo, alertou que a reconciliação entre os políticos ainda é o maior desafio, lembrando que quem está no poder quer mantê-lo, e quem está fora quer conquistá-lo, e isso só as eleições resolvem.

Ao reflectir sobre os 50 anos de independência, o deputado recordou que os fundadores da pátria nunca imaginaram que a libertação traria uma guerra civil tão prolongada, atribuindo as divergências pós-independência à falta de consenso entre os partidos da época. Ainda assim, destacou que o país hoje está pacificado, os cidadãos circulam livremente e dormem tranquilos em qualquer província.

Entre os ganhos da paz, apontou o crescimento exponencial da educação.

“Em 2002 tínhamos apenas 14 mil estudantes no ensino superior; hoje são mais de 300 mil. No ensino primário e secundário, passámos de 1 milhão para cerca de 10 milhões de alunos.” Sublinhou ainda que “o bem-estar nacional exige o esforço de todos, Governo, cidadãos e sociedade, na construção de uma economia sólida, baseada na agricultura e na indústria”.

O deputado assegurou que o MPLA “está a trabalhar para manter a confiança dos angolanos” e que o eleitorado decidirá em 2027 se o partido continua no poder.

“Temos feito grandes realizações, de Cabinda ao Cunene, nas áreas da energia, água, saúde, educação, estradas e habitação. O nosso compromisso é continuar a servir Angola com resultados concretos”, concluiu.