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Revolução política? Isabel dos Santos recebe sinal verde de Luanda para presidência

O espírito de desenvolvimento e crescimento, o estímulo ao emponderamento juvenil e a sua ampla visão económica são algumas das várias qualidades citadas pelos luandenses, para justificar a garantia de voto à filha do ex-presidente da República, José Eduardo do Santos, que também teve passagem no Conselho de Administração da Sonangol.

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Há 7 meses
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Dentre outras questões, os cidadãos residentes em distintos municípios da província de Luanda, ouvidos durante uma ronda efectuada pela PONTUAL, nas ruas da cidade capital, recentemente, apontam que a engenheira e empresária foi a única, até ao momento, que mostrou ´sinais´ e vontade de querer desenvolver o país através da diversificação da economia e na aposta da formação de quadros angolanos.

Por outro lado, a maioria dos cidadãos residente em Launda dão um ´sim´ à fundadora da operadora de telefonia móvel UNITEL como solidariedade à ´perseguição política´ sem trégua pelpetrada pelo o actual executivo liderado por João Manuel Gonçalves Lourenço, também presidente do MPLA, partido onde a cidadã é militante de gema.

“A engenheira Isabel dos Santos esteve no comando de vários projectos sociais e não só, com as quais abriu muitas portas e oportunidades para jovens, sem distinção de género”, referiu-se Suzana Ranca, uma das várias beneficiadas da “Bolsa UNITEL Mulheres Para o Futuro”, programa de emancipação de jovens mulheres angolanas atadas às telecomunicações, que também tem as digitais de Isabel dos Santos, no que a sua concepção diz respeito.

Um outro cidadão, morador do bairro Dangereux, no município de talatona, que preferiu o anonimato, recordou, mais uma vez, a vontade da engenheira de quequer apostar noutras áreas de produção, com o objectivo de diversificar a economia nacional. Tendo, de igual modo, citado como exemplo a bolsa de estudo que a mesma agraciou para 6 jovens angolanos, que foram fazer uma pós-gradução em Agricultura, na Royal Agricultural University, no ano de 2015.

“Só para se ter uma ideia, o conhecimento que os mesmos obtiveram, via bolsa da UNITEL, foi posto ao serviço do nosso país, na fazenda Unicanda, em Malanje”, rematou o entrevistado.

Desafios e Perspectivas

A filha do ex-presidente José Eduardo dos Santos, enfrenta um cenário complexo ao ponderar uma candidatura à presidência de Angola. Sua trajectória empresarial tem sido marcada por controvérsias e alegações de corrupção. A possibilidade de concorrer em 2027 coloca-a num jogo político onde seu passado e suas conexões serão escrutinados, e onde terá de se distanciar das acusações que pesam contra si para ganhar a confiança do eleitorado.

A nível político, a eventual candidatura da engenheira poderia ser vista como uma tentativa de restauração dinástica, o que exigiria dela uma estratégia robusta para se estabelecer como uma figura renovadora. Juridicamente, embora não haja processos condenatórios contra ela até o momento, as suspeitas de envolvimento em crimes financeiros no país podem minar sua credibilidade como candidata. Além disso, a necessidade de criar um novo partido ou a busca por uma candidatura independente apresentam obstáculos significativos, dada a dominância do MPLA e a resistência histórica à coabitação política.

Isabel dos Santos terá que convencer os angolanos de que é a líder capaz de trazer a mudança desejada. Em um país onde os jovens clamam por empregos, salários dignos e oportunidades de habitação, ela precisa apresentar uma visão económica e social que responda às necessidades da população.

A empresária já expressou que, enquanto o MPLA estiver no poder, os investimentos em Angola serão limitados, sugerindo que sua plataforma poderia se concentrar na reforma económica e na geração de emprego. Contudo, para alcançar a presidência, dos Santos terá que superar não apenas os desafios políticos e legais, mas também provar que é a candidata da inovação e do progresso.