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Acordo milionário: empresa alemã ajuda Angola a reinventar a sua companhia de bandeira

Angola deu esta quarta-feira um passo decisivo na modernização da sua companhia aérea de bandeira. O Governo assinou um contrato com o grupo alemão Lufthansa para apoiar a reestruturação da TAAG, num movimento que marca o início de uma nova fase para a transportadora nacional e prepara o caminho para a sua futura privatização.

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O ministro dos Transportes, Ricardo Viegas d’Abreu, revelou que o acordo prevê assistência técnica e estratégica em áreas como governação corporativa, operações, engenharia, manutenção, formação e definição de novas rotas internacionais. “Queremos uma TAAG moderna, eficiente e capaz de afirmar-se como uma das principais companhias aéreas do continente africano”, afirmou, à margem do encontro entre os Presidentes João Lourenço e Frank-Walter Steinmeier, em Luanda.

O governante explicou que o contrato com a Lufthansa representa “um acordo de serviços com componente financeira”, garantindo que todas as condições foram acauteladas para o bom desenrolar do processo. O valor do investimento não foi revelado, mas o ministro assegurou que está dentro dos padrões adequados para garantir a transformação e modernização da empresa.

A parceria, segundo Ricardo Viegas d’Abreu, formaliza uma relação que já existia há algum tempo entre as duas companhias e reforça o compromisso do Governo em transformar Angola num verdadeiro hub regional de transporte aéreo. “A TAAG não é a única peça, mas é a espinha dorsal desta estratégia”, sublinhou.

O ministro admitiu ainda que a reestruturação está ligada ao futuro processo de privatização. “Queremos abrir o capital da TAAG em condições sólidas e atrativas. Estamos a preparar a companhia para escolher o parceiro certo, alguém com quem queremos, de facto, ‘casar’”, declarou, deixando em aberto a possibilidade de a Lufthansa vir a ser esse parceiro estratégico.

Actualmente, a TAAG detém cerca de 70 por cento das ligações internacionais e 90 por cento das rotas domésticas, uma posição dominante que o Governo quer consolidar através de maior eficiência operacional, sustentabilidade financeira e padrões de segurança reforçados.