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Angola entre os países que bloqueiam receitas da aviação civil internacional

A Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA) apontou Angola como um dos países que retêm receitas de companhias aéreas internacionais, somando 80 milhões de dólares em valores bloqueados. Esta prática, que afeta igualmente outros países como Moçambique, Guiné-Bissau e Guiné Equatorial, contribui para um total global de 1,7 mil milhões de dólares em receitas de aviação civil retidas.

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Há 2 semanas
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De acordo com a IATA, as companhias aéreas necessitam de autorização governamental para converter as receitas obtidas com a venda de bilhetes em moeda estrangeira e repatriá-las. Este bloqueio contraria os acordos e tratados internacionais do setor da aviação, colocando em risco a continuidade dos serviços aéreos nos países afetados.

Willie Walsh, diretor-geral da IATA, alertou para as consequências graves dessa prática:

“Os governos devem eliminar todos os obstáculos para permitir que as companhias aéreas repatriem as suas receitas (…) Caso contrário, as economias desses países sofrerão se deixarem de estar ligadas por via aérea ao resto do mundo”.

A situação em África

Do total de 1 mil milhões de dólares bloqueados em África, os principais valores incluem:

  • 193 milhões de dólares na Argélia.
  • 127 milhões em Moçambique.
  • 80 milhões em Angola.
  • 235 milhões na zona do franco CFA da África Central.

Ameaças ao transporte aéreo e às economias locais

A retenção de receitas cria uma situação de insegurança financeira para as companhias aéreas, que podem optar por reduzir ou encerrar as operações nos países com bloqueios. Tal cenário teria impactos negativos diretos no turismo, comércio e conectividade global, prejudicando as economias nacionais e a integração no mercado internacional.

Possíveis soluções e recomendações

A IATA pediu aos governos dos países envolvidos que tomem medidas urgentes para desbloquear os fundos e respeitar as normas internacionais. Além disso, sugeriu maior diálogo entre companhias aéreas e autoridades locais para garantir soluções sustentáveis.

Angola, com seu peso estratégico na região, pode transformar a crise em oportunidade ao adotar medidas que atraiam mais investimentos no setor da aviação e promovam a recuperação económica.

PONTUAL, fonte credível de informação.