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Ataque a torre eléctrica deixa Cuanza Sul e Benguela às escuras

Um acto de vandalismo contra uma torre de alta tensão deixou cerca de 300 mil famílias sem electricidade nas províncias do Cuanza Sul e Benguela, causando prejuízos avaliados em mais de 50 milhões de dólares, anunciou o Governo.

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A ocorrência foi registada na terça-feira, no Cuanza Sul, após a remoção deliberada de parafusos e cantoneiras da infra-estrutura eléctrica, um ataque que comprometeu o fornecimento de energia às duas regiões e expôs a fragilidade do sistema face à sabotagem.

Em Benguela, o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, lamentou o impacto do incidente e garantiu esforços intensivos para a rápida reposição do serviço, alertando que a falha eléctrica também paralisou o sistema de tratamento de água, agravando os constrangimentos às populações.

O governante recordou que o Executivo tem denunciado, há vários anos, a escalada do vandalismo contra bens públicos, sublinhando que estes actos atingem investimentos avultados e geram custos elevados para o Estado e para os cidadãos.

As perdas financeiras já apuradas ultrapassam os 50 milhões de dólares, valor necessário para reparar os danos causados à infra-estrutura, numa altura em que a Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE) classifica o sucedido como um acto de sabotagem recorrente, com sérias implicações para a segurança e a estabilidade do sistema eléctrico.

A ENDE apelou à colaboração da população na denúncia de movimentos suspeitos junto das infra-estruturas e lembrou que Angola dispõe agora de uma lei específica contra o vandalismo de bens públicos, que prevê penas até 25 anos de prisão, numa tentativa de travar um fenómeno que continua a mergulhar comunidades inteiras no escuro.