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Azule Energy duplica aposta em Angola com novo investimento de cinco mil milhões de dólares

A Azule Energy, joint venture da italiana Eni e da britânica BP, anunciou esta quarta-feira um plano de investimento adicional de cinco mil milhões de dólares em Angola até 2029, montante equivalente ao já aplicado pela empresa desde a sua criação, em 2022.

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O anúncio foi feito pelo presidente executivo da Eni, Claudio Descalzi, na abertura da 6.ª Conferência Internacional Angola Oil & Gas, em Luanda. O gestor sublinhou que a estratégia da companhia assenta na exploração de petróleo e gás com eficiência e segurança, ao mesmo tempo que incorpora metas de transição energética.

Entre os projectos em curso, destacou-se a plataforma FPSO Agogo, que entrou em operação apenas 29 meses após a decisão final de investimento e foi concebida para operar de forma neutra em carbono. O navio-plataforma chegou a Angola em Maio deste ano e já produz no Bloco 15/06, considerado um dos mais bem-sucedidos da companhia, com descobertas que ultrapassam os seis mil milhões de barris de petróleo equivalente.

Descalzi apontou ainda o desenvolvimento do Novo Consórcio de Gás, nos campos de Quiluma e Maboqueiro, o primeiro projecto de gás não associado no país, destinado a reforçar o fornecimento à fábrica de LNG de Angola e a garantir maior estabilidade energética. O gestor referiu também a recente descoberta de gás em Gajajeira, vista como um marco no reforço das reservas nacionais.

A diversificação para energias limpas foi igualmente salientada. Em 2023, a Azule inaugurou a Central Fotovoltaica de Caraculo, com capacidade inicial de 25 megawatts, e estuda agora a criação de uma biorrefinaria orientada para a produção de combustíveis sustentáveis para aviação.

Para a Eni, a aposta no mercado angolano traduz-se numa estratégia de longo prazo: “A nossa base financeira e industrial foi desenhada para garantir benefícios duradouros ao sector energético de Angola”, afirmou Descalzi.