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CAN2025 retira 18 jogadores ao futebol português

O futebol português prepara-se para um forte abanão competitivo com a cedência de 18 jogadores, pertencentes a 15 clubes, a oito selecções que vão disputar a Taça das Nações Africanas (CAN) de 2025, marcada para Marrocos entre 21 de Dezembro e 18 de Janeiro, num calendário que colide em cheio com o período natalício.

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Há 13 horas
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Moçambique e Angola surgem em destaque entre as selecções com mais atletas oriundos de emblemas lusos, ao convocarem seis e três jogadores, respectivamente, num quadro em que Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe não marcam presença. Os ‘mambas’ chamaram nomes da I Liga, como Geny Catamo (Sporting), Diogo Calila (Santa Clara) e Witi (Nacional), além de reforços provenientes de escalões inferiores, enquanto Angola apostou em Jonathan Buatu (Gil Vicente), Pedro Bondo (Famalicão) e Beni Mukendi (Vitória de Guimarães).

Inseridos no Grupo B, os ‘palancas negras’ enfrentam um caminho exigente frente ao Egipto, recordista de títulos, à Zâmbia e à África do Sul, num grupo que também inclui jogadores a actuar em Portugal, como Sphephelo Sithole, médio do Tondela. Já Moçambique mede forças no Grupo F com potências continentais como os Camarões e a Costa do Marfim, actual campeã africana.

Outras selecções recorrem igualmente ao mercado português para reforçar ambições. A Nigéria chamou Zaidu, do FC Porto, o Benim recrutou Dokou Dodo, do Leixões, e o Mali integra Sikou Niakaté (Sporting de Braga) e Amadou Danté (Arouca), confirmando o peso crescente dos campeonatos nacionais na vitrina africana.

A edição de 2025 marca ainda o regresso de Marrocos como país anfitrião, 37 anos depois, num torneio sem estreantes, sem treinadores portugueses e privado do tetracampeão Gana, numa CAN excepcional que decorre, pela primeira vez, entre o Natal e o Ano Novo, por imposição do novo calendário internacional.

Por orientação da FIFA, os clubes terão de libertar os convocados até segunda-feira, cenário que promete afectar o rendimento das equipas nas competições internas, num arranque de CAN que já se faz sentir muito antes do apito inicial.