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Carlos Alberto sai em liberdade: Presidente concede indulto a 150 detidos

Cinquentenário da Independência e Dia da Paz marcam acto de clemência presidencial. Entre os beneficiados está o jornalista Carlos Alberto, figura central de um dos processos mais mediáticos dos últimos anos.

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Há 1 semana
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O Presidente da República, João Lourenço, concedeu nesta Sexta-feira, 11 de Abril, um indulto presidencial a 150 reclusos, entre eles o jornalista Carlos Raimundo Alberto, director do portal A Denúncia. A medida foi tomada por ocasião das celebrações dos 50 anos da Independência Nacional e do Dia da Paz e Reconciliação Nacional.

De acordo com um comunicado oficial da Presidência, o acto de clemência teve como critérios o cumprimento de pelo menos metade da pena, bom comportamento e ausência de perigosidade social, elementos que justificaram a restituição da liberdade aos condenados.

“O indulto é um acto de clemência do Presidente da República, imprescindível num momento de celebração da história nacional, visando conceder uma nova oportunidade de reintegração social e familiar aos beneficiados”, lê-se no documento assinado pelo Chefe de Estado.

A libertação de Carlos Alberto, uma figura controversa no jornalismo de investigação em Angola, gera reacções intensas nas redes sociais e nos meios de comunicação, dividindo opiniões entre os que consideram a medida um passo de reconciliação e os que a encaram como uma jogada política de alto risco.

O indulto contempla reclusos em todas as 18 províncias do país, com destaque para Luanda, Bié, Benguela, Huíla e Huambo, onde se verificam os maiores índices de população carcerária. A lista, extensa e diversificada, inclui nomes como Teresa Malesso Kailingue (Benguela), Paulina Makiesse (Cabinda), Tomás Luís Cassinda (Cuando Cubango) e João Pedro Rasta (idem).

No total, 150 cidadãos voltam agora ao convívio social, numa altura em que as autoridades reforçam o apelo à reintegração e ao perdão como pilares da convivência nacional, sobretudo numa fase de consolidação da paz.

Este indulto presidencial, com forte carga simbólica, suscita reflexões sobre o sistema prisional angolano, a justiça e o papel da clemência como instrumento de política pública.

O gesto do Presidente João Lourenço entra para a história como um dos mais abrangentes actos de perdão da era pós-guerra, relançando o debate sobre o equilíbrio entre justiça, reconciliação e direitos humanos em Angola.

PONTUAL, fonte credível de informação.