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Cinco anos depois, Perímetro Irrigado do Mucoso é reactivado para impulsionar agricultura e gerar 2000 empregos

O sector agrícola do Cuanza Norte vai sofrer um impulso com a reactivação do Perímetro Irrigado do Mucoso, que se encontrava parado há cinco anos. Este perímetro, reactivado esta Quarta-feira, vai não só impulsionar a produção agrícola em larga escala como a empregabilidade, prevendo-se a criação de mais de 2000 empregos.

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Segundo um comunicado do governo do Cuanza Norte, o projecto vai ser gerido e operado pela empresa chinesa China Tai Senda, que investiu cerca de 30 mil milhões de dólares para reactivar este perímetro.

“A reactivação do Perímetro Irrigado do Mucoso contou com um investimento em volta de 30 mil milhões de dólares por parte da empresa chinesa, o que permitirá a geração de mais de 2000 postos de trabalho directos e o relançamento da produção agrícola em grande escala, com destaque para frutas, citrinos e, especialmente, bananas, produto emblemático da região”, lê-se na nota.

Esta reactivação, acrescenta o comunicado, “representa um marco para o relançamento da agricultura moderna na região, com foco na produção e transformação de produtos agrícolas, criação de gado caprino e fomento à apicultura”.

A cerimónia de reactivação do Perímetro Irrigado do Mucoso teve lugar nas instalações do próprio perímetro e foi presidido pelo ministro da Agricultura e Florestas, Isaac dos Anjos, que se fez acompanhar pelo governador provincial, João Diogo Gaspar.

No acto, onde também estiveram presentes diversas entidades governamentais, empresariais e diplomáticas, a empresa chinesa fez-se representar pelo seu presidente do Conselho de Administração (PCA), Su Guang Yong.

Discursando na ocasião, o responsável “comprometeu-se em transformar o Perímetro do Mucoso num verdadeiro ‘cartão postal’ da província, evidenciando o enorme potencial agrícola local”.

Por sua vez, o ministro da Agricultura realçou a “importância histórica do Mucoso, outrora uma referência nacional em irrigação e produção agrícola”, bem como reforçou a “sua convicção de que esta nova fase será crucial para o relançamento do sector primário e informou que o Perímetro Irrigado do Luinga também será reactivado em breve, ampliando o apoio à agricultura familiar e à segurança alimentar”.

Já João Diogo Gaspar destacou que a reactivação deste projecto “não representa apenas um avanço na modernização da agricultura, mas também a materialização de uma visão estratégica para o desenvolvimento socioeconómico da província”.

Citado no comunicado, considerou que o projecto vai dar um impulso na empregabilidade e na produção agrícola.

“Este projecto impulsionará a empregabilidade, aumentará a produtividade agrícola e contribuirá significativamente para a segurança alimentar do nosso país”, apontou.

Enquanto a ministra conselheira da Embaixada da China em Angola, Chen Feng, reiterou o “compromisso do governo chinês em apoiar Angola no desenvolvimento de sectores-chave, com destaque para a agricultura”.

“A agricultura é um dos pilares fundamentais da parceria estratégica entre nossos países. Estaremos sempre disponíveis para cooperar, não apenas neste domínio, mas em outras áreas de interesse mútuo”, referiu, terminando: “Hoje plantamos, amanhã colhemos”.

C/VA