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Greve geral na função pública arranca com ameaças

Os trabalhadores do sector público iniciaram, esta quarta-feira, uma greve geral de três dias, mas que está a ser marcada por supostas ameaças dos gestores. A classe lamenta a posição da tutela por não ter apresentado, durante as várias rondas negociais, propostas concretas em relação ao caderno reivindicativo.

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Há 9 meses
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As centrais sindicais angolanas ameaçam levar a tribunal as Instituições públicas que estão a intimidar os trabalhadores por aderirem à greve geral da função pública, que arrancou hoje e termina na sexta-feira, 22 de Março.

O movimento sindical adverte que os protestos são por várias fases, sendo que a segunda vai de 22 a 30 de Abril e a terceira de 3 a 14 de Junho, devido à falta de resposta das questões relacionadas com a melhoria salarial e de trabalho.  

Mas, face às denúncias de intimidação, Admar Jinguma, um dos porta-vozes dos trabalhadores angolanos, diz que a classe está a monitorar todas as informações sobre as possíveis ameaças, mas adverte que o gestor público que for apanhado a coagir ou ameaçar um trabalhador vai sentir a mão pesada do tribunal.

“Essas violações não são novas. Ninguém pode ser coagido e ninguém pode ser molestado por aderir a uma greve lícita, legal, como esta que é a nossa. E sempre que isto ocorrer, pode-se recorrer a um tribunal. Nós orientamos os trabalhadores a registarem essas ameaças, enfim, para depois levarmos a tribunal. Agora, se o tribunal vai fazer alguma coisa, isso já caberá ao tribunal, mas nós temos o dever de proceder às devidas queixas”, avisou Admar Jinguma.