0º C

17 : 29

Angola contrai novos empréstimos de 1,5 mil milhões de dólares para reforço da economia e infraestruturas

O Presidente da República de Angola, João Lourenço, aprovou nesta quarta-feira a contratação de empréstimos no valor total de 1,5 mil milhões de dólares, destinados a atender diversas necessidades financeiras do país, segundo despachos presidenciais divulgados.

Registro autoral da fotografia

Há 2 semanas
2 minutos de leitura

Entre os financiamentos, destaca-se um acordo de 600 milhões de dólares com o J.P. Morgan Securities plc. O empréstimo será realizado sob a forma de SWAP de retorno total, um instrumento financeiro colateralizado por emissões de obrigações do Tesouro, com o objetivo de reforçar a tesouraria nacional.

Outro financiamento, no valor de 500 milhões de dólares, será celebrado com o Standard Chartered Bank (SCB). Este montante destina-se a aumentar as reservas de tesouraria, cobrir projetos de investimento público e garantir a importação de alimentos e suprimentos médicos, ações consideradas estratégicas para o equilíbrio económico e social do país.

Um terceiro empréstimo, de 400 milhões de dólares, está direcionado ao Projecto de Reforço do Sistema de Proteção Social para o Capital Humano e a Resiliência, vinculado ao programa governamental de Desenvolvimento Humano e Bem-Estar Social. O financiamento pretende fortalecer os serviços sociais e melhorar a qualidade de vida das populações mais vulneráveis.

Além disso, foi autorizado um acordo de 60 milhões de euros com o Banco BIC Português, S.A. (EuroBic/ABANCA), com a garantia do Banco Português do Fomento. Este empréstimo será usado na construção de 56 quilómetros da Estrada Nacional EN 120, no troço entre Cuima e Chipindo, incluindo pontes, que ligam as províncias do Huambo e da Huíla.

O pacote de empréstimos reflete a estratégia do governo angolano para reforçar o financiamento público, sustentar projetos de infraestruturas e atender a necessidades prioritárias de tesouraria. Contudo, analistas alertam para os riscos de endividamento e o impacto que estes acordos poderão ter na economia nacional a longo prazo.

Fonte: Agência Lusa.

PONTUAL, fonte credível de informação.