Angola à deriva: Moodys desacredita futuro económico e deixa rating estagnado
Angola enfrenta um sombrio prognóstico financeiro para 2025, com as principais agências de notação a manterem o país em território de alto risco. A Oxford Economics alerta: não há melhorias à vista no rating.
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Essa previsão segue-se à decisão da Moody’s de rebaixar a perspectiva económica de Positiva para Estável, revelando um cenário preocupante de vulnerabilidade cambial, preços petrolíferos imprevisíveis e uma dívida pública sufocante.
Segundo os analistas britânicos, o fracasso do Governo em controlar as despesas é um fator crítico para este retrocesso. Os subsídios e os juros da dívida dispararam além do esperado, forçando um défice orçamental de 1,5% já em 2024. O Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2025 evidencia um governo à beira do abismo, incapaz de conter a escalada inflacionária e a desvalorização do kwanza.
Dívida Pública: Um Peso Que Não Arrefece
A Moody’s aponta que a dívida pública angolana deverá estabilizar-se perigosamente próxima dos 60% do PIB até 2026, muito longe das promessas de consolidação fiscal. Em 2020, o rácio ultrapassava os 120%, mas mesmo com avanços tímidos, a volatilidade cambial continua a minar qualquer progresso sustentável.
Apesar de um leve crescimento económico de 3% previsto para 2024 e 3,3% em 2025, os números não são suficientes para aliviar o perfil de dívida desafiador do país. Angola terá de enfrentar pagamentos bilaterais massivos, com riscos de refinanciamento ainda latentes.
Petrolífera no Limite: Receita em Declínio
O setor petrolífero, pilar das finanças públicas, encontra-se em alerta vermelho. A produção deve manter-se em modestos 1,1 milhões de barris por dia, mas os preços projetados para 2025 são inferiores aos de 2023, pressionando ainda mais os cofres do Estado.
Além disso, a Moody’s prevê que o declínio da receita petrolífera contribua para um défice orçamental primário de 2,8% entre 2024 e 2026, enquanto as receitas gerais em percentagem do PIB continuarão a cair.
Esperança Perdida?
A decisão da Moody’s de manter Angola no nível B3, longe da recomendação de investimento, é um alerta severo: o país não inspira confiança no mercado financeiro internacional. A estagnação económica, a dependência de recursos externos e o descontrolo fiscal são sintomas de uma crise que só se agrava.
O Governo angolano, atolado em promessas de reestruturação que não se cumprem, enfrenta agora o desafio de recuperar a credibilidade perdida. Para muitos, a esperança de uma Angola financeiramente estável continua a evaporar-se, deixando os cidadãos à mercê de um futuro incerto e perigoso.
PONTUAL, fonte credível de informação.
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