João Lourenço defende investimento em África como resposta global à fome e à crise climática
O Presidente da República, João Lourenço, defendeu este sábado, em Lisboa, que África pode tornar-se parte da solução para dois dos maiores desafios mundiais a fome e a crise climática desde que haja investimentos robustos em infra-estruturas e industrialização. O apelo foi lançado durante o 8.º Fórum EurAfrican, na Universidade Nova SBE, onde participou como convidado especial na sessão de encerramento ao lado do homólogo português, Marcelo Rebelo de Sousa.

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Na intervenção que encerrou o evento, o também presidente em exercício da União Africana sublinhou que o continente africano tem condições únicas para responder às necessidades globais, destacando não apenas o seu potencial demográfico, com uma população jovem e em crescimento, mas também os vastos recursos naturais disponíveis, como os minerais estratégicos para a transição energética.
“A Europa deve olhar para África de forma diferente. Se houver investimento local, os jovens africanos poderão servir o continente e o mundo em melhores condições, qualificados e prontos para integrar o mercado de trabalho global”, declarou.
Referindo-se à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), João Lourenço enfatizou que esta representa mais do que um espaço linguístico: é também uma plataforma de intercâmbio cultural e económico. Considerou ainda que a diversidade de sotaques e expressões entre os países-membros é um enriquecimento da língua portuguesa e um factor de coesão.
Na conversa moderada pela jornalista Joana Petiz, o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, recordou o papel de Portugal como impulsionador das cimeiras entre a União Europeia e África, apontando que a próxima edição ocorrerá em Luanda, nos dias 24 e 25 de Novembro.
João Lourenço aproveitou o momento para sublinhar a necessidade urgente de se criar a Zona de Comércio Livre Continental Africana, um compromisso assumido pelos Estados-membros da União Africana, mas cuja implementação tem sido travada pela falta de mobilidade de pessoas e bens entre países.
“Ainda não há comércio entre nós porque não há infra-estruturas adequadas. Sem estradas, sem energia, sem transportes, não se faz integração económica”, observou.
Questionado sobre a influência chinesa no continente, o Chefe de Estado lembrou que a Europa mantém presença em África há séculos, ao contrário da China, que só chegou há poucas décadas, defendendo que essa vantagem histórica deveria ser mais bem aproveitada pelos europeus.
Lourenço terminou a sua intervenção com um apelo ao sector privado: “É preciso criar um bom ambiente de negócios e mostrar aos investidores que investir em África é vantajoso para todos. Só assim poderemos criar sociedades mais sustentáveis e economicamente sólidas.”
O Fórum EurAfrican, promovido pelo Conselho da Diáspora Portuguesa, reuniu diversas personalidades do espaço europeu e africano para debater estratégias de desenvolvimento conjunto, com enfoque na juventude, inovação e cooperação económica.
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