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Jonathan Buatu lança esperança: “Angola pode voltar aos Mundiais de futebol”

Jonathan Buatu, defesa central da selecção angolana, não tem dúvidas — Angola pode voltar a pisar os relvados de um Campeonato do Mundo. Com uma geração jovem, talentosa e determinada, o internacional acredita que o regresso à maior montra do futebol global é apenas uma questão de tempo e trabalho.

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“Já lá estivemos uma vez, em 2006, e temos potencial para voltar. Este apuramento não será fácil, porque não dependemos só de nós, mas vamos lutar até ao fim”, afirmou o jogador, actualmente ao serviço do Gil Vicente, da I Liga portuguesa.

O experiente defesa de 31 anos foi convocado pelo seleccionador Pedro Gonçalves para disputar a Taça COSAFA em Junho, prova em que Angola defenderá o título conquistado em 2024. A competição terá lugar em Mangaung, África do Sul, e os Palancas Negras integram o Grupo B, ao lado de Namíbia, Malawi e Lesoto.

Buatu reconhece que a selecção atravessa uma fase de renovação, mas sublinha que os sinais de crescimento são claros. “Desde a última CAN temos mostrado evolução. Apesar do desaire frente a Cabo Verde e do empate na Líbia, temos uma equipa jovem, com qualidade e vontade de vencer. Falta-nos apenas dar o próximo passo.”

Nascido na Bélgica, filho de pais angolanos oriundos do Uíge, o jogador só visitou Angola aos 20 anos, mas desde então passou a ser presença habitual na selecção nacional. “Não consigo descrever o que sinto ao vestir aquela camisola. É um orgulho tremendo representar Angola.”

Sobre a aposta em atletas da diáspora, Buatu é taxativo: o mais importante é o compromisso com o país. “Não interessa onde se nasce. Se sentes Angola, se respeitas o emblema e jogas com entrega, deves fazer parte. Essa mentalidade vai ajudar a selecção a crescer.”

Com passagens pelo Rio Ave, Desportivo das Aves e agora Gil Vicente, além de experiências na Bélgica, França e Turquia, Buatu sente-se numa fase madura da carreira — pronto para liderar e orientar os mais novos. “Aprendi a lidar com o stress e os momentos difíceis. Esta experiência pode ser útil para consolidar o grupo e ajudar Angola a alcançar grandes feitos.”

A ambição está lançada: lutar com garra, formar um grupo coeso e devolver os Palancas Negras à ribalta do futebol mundial. “Temos uma base sólida, talento e entrega. Agora é trabalhar. Angola merece estar entre os grandes.”