0º C

17 : 37

Jovens que desenterraram cadáveres no cemitério da Mulemba já repousam na cadeia

A Polícia Nacional deteve, na última semana, um grupo de jovens por retirarem do Cemitério da Mulemba, no município do Cazenga, em Luanda, e exibirem publicamente dois crânios e algumas ossadas humanas, sendo que um dos ossos foi colocado na boca, situação que revoltou vários cidadãos nas redes sociais.

Registro autoral da fotografia

Há 4 meses
2 minutos de leitura

O facto de os jovens exibirem no dia 28 de Junho deste ano, em tom satisfatório, as ossadas humanas, levou a Polícia Nacional a deter os indiciados nos crimes de Atentado contra a Integridade de Restos Mortais e Profanação de Lugar Fúnebre.

As imagens do vídeo, em que os acusados aparecerem a levarem as ossadas, foram amplamente divulgadas, espalhadas nas redes sociais e vistas por milhares de cidadãos que se mostraram bastante chocados com a atitude dos jovens em pleno Cemitério da Mulemba.

Os jovens em causa pertencem a uma associação criminosa denominada “Os da Turquia” com idades compreendidas entre 16 e 19 anos. 

A cena foi gravada depois de ingerirem bebidas alcoólicas, na parte exterior do Campo Santo, explicou ao Jornal de Angola, um dos implicados.

António Miguel, nome fictício, 20 anos, referiu que foi ao óbito de uma tia, no referido Cemitério, com amigos, tendo retirado as ossadas que estavam dentro de um buraco para exibição pública, em companhia de outros suspeitos, dos quais um foragido.

Os indivíduos foram apresentados publicamente na Esquadra do Distrito Urbano do Sambizanga, no meio de 35 indivíduos, que estão detidos sob acusação de roubo de motorizadas, assalto em estabelecimento comerciais, agressão sexual com penetração e roubo e furto de telefones.

No rol de assaltantes que retiram a paz pública foi apresentado um jovem, de 20 anos, acusado de cometer mais de 30 crimes de roubo de telefone, assaltos em residências, roubo de motorizadas, com recurso a arma de fogo, que furtou a um indivíduo pertence as forças de defesa e segurança no seu local de trabalho. 

O Jornal de Angola soube, ainda, que o indivíduo saiu da Comarca de Luanda, há dois meses, onde ficou um ano e dois meses a cumprir pena de prisão por crime de roubo de bens diversos.

O porta-voz em exercício da Polícia em Luanda, inspector-chefe, Euler Matari, afirmou, também, que a detenção dos supostos marginais é o resultado de uma operação conjunta realizada entre os comandos municipais de Luanda e do Cazenga, que resultou no esclarecimento de 21 crimes diversos.   

JAO

PONTUAL, fonte credível de informação.