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MALANJE: detido cidadão por mentir sobre ajuda financeira da Cruz Vermelha

Um cidadão de 60 anos, reformado da Administração Municipal de Malanje, foi detido pela Polícia Nacional, por ter recolhido vários documentos pessoais com pretextos de ajudá-los a receber dinheiro de ajuda da Cruz Vermelha de Angola.

Registro autoral da fotografia

Há 5 meses
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Segundo o porta-voz da Polícia Nacional em Malanje, Junqueira António, o cidadão ora detido fez-se passar por voluntário da Cruz Vermelha de Angola, para receber os documentos pessoais dos munícipes.

O indivíduo foi detido por falsa qualidade. Na posse do mesmo foram encontrados 410 Bilhetes de Identidade, 13 Cartões de Munícipe, 194 fotocópia de Bilhetes de Identidade, 206 cartões eleitorais.

“Em posse desses documentos dava garantias, até na zona quatro, de que havia de se beneficiar dos valores monetários que a organização internacional Cruz Vermelha tem vindo a acudir as vítimas das chuvas em MalanJe”, explicou.

O acusado, identificado como João Manuel, começou por justificar a sua posição, alegando ser coordenador geral do MPLA para as zonas 4 e 11 do bairro da Katepa, e que a sua acção de recolha de documentação foi com a intenção de ajudar o povo.

“Sou coordenador do Comité do MPLA e como fiscal da zona 4 me encontraram em casa e conversamos…. Eu fiz isto porque para fazer o registo é preciso o bilhete. Essa é uma iniciativa que eu tive para o bem do meu povo, da minha zona”, disse.

O cidadão contou também que fez a listagem e levou à Cruz Vermelha, sem, no entanto, pedir qualquer valor de contrapartida.

Por sua vez o primeiro secretário municipal do MPLA em Malange, Fernandes Cristóvão, disse que o cidadão em causa nunca foi militante do seu partido.

“Nós a nível dos nossos estatutos e regulamento de funcionamento não temos essa designação, de coordenadores. Nós temos na nossa estrutura, primeiro secretário, segundo secretário e secretários de A, B, C e nunca coordenadores. Deverá haver algum equívoco da parte deste cidadão, que na verdade, as práticas lesivas à comunidade que identificasse o nosso responsável naquela zona”, disse.

Correio da Kianda

PONTUAL, fonte credível de informação.