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Tomar de assalto a liderança: Nimi-a-Nsimbi denuncia plano de Ngola Kabango

A FNLA mergulhou numa nova crise interna após o presidente do partido, Nimi-a-Nsimbi, acusar o antigo líder histórico, Ngola Kabango, de tentar derrubar a actual direcção para reassumir o controlo da organização fundada por Holden Roberto.

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Há 2 semanas
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Em conferência de imprensa realizada esta Quarta-feira, Nimi-a-Nsimbi foi taxativo: “Ngola Kabango pretende destituir a actual liderança para tomar de assalto a presidência da FNLA, legitimamente eleita no V Congresso”.

Segundo o líder, Kabango estaria a promover acções de desestabilização, com reuniões paralelas e mobilização de militantes em províncias como Malanje, Huíla, Uíge e Cabinda, recorrendo mesmo a incentivos monetários para fomentar divisões.

Nimi-a-Nsimbi denunciou ainda declarações “ofensivas e desrespeitosas” do ex-dirigente contra a presidência e os órgãos centrais do partido, considerando que tais atitudes atentam contra a honra e a dignidade dos militantes. Como consequência, anunciou a suspensão imediata de Ngola Kabango de todas as funções partidárias.

Apesar da medida, a decisão já enfrenta contestação: o antigo secretário nacional da JFNLA e ex-porta-voz do partido, Joveth de Sousa, classificou a suspensão como “uma utopia”, lembrando que, de acordo com os estatutos, apenas o Comité Central pode aplicar tal sanção, após uma comissão específica avaliar a gravidade dos factos.

Ngola Kabango, em entrevista recente, negara qualquer intenção de derrubar a liderança de Nimi-a-Nsimbi, embora tenha alertado para a “letargia” em que se encontra a FNLA. Até ao momento, não reagiu formalmente à suspensão.