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UNITA responsabiliza Governo pelos surtos de cólera e alerta para prioridades invertidas na saúde

A UNITA criticou esta segunda-feira o Governo angolano, associando os surtos recorrentes de cólera no país à “inversão gritante de prioridades no sector da saúde”, com maior foco nos serviços terciários em detrimento dos cuidados primários.

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Desde o início do surto, registado em Luanda e já alastrado às províncias de Icolo e Bengo e Bengo, foram confirmados 224 casos, resultando em 18 mortes, de acordo com dados oficiais. Para o governo sombra da UNITA, esta situação reflete uma “regressão acentuada” na qualidade de vida e no saneamento básico das comunidades, colocando Angola em contramão com os compromissos da Agenda 2030 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Em nota oficial, a UNITA sublinhou que o último surto de cólera ocorreu há oito anos, com menor gravidade, atingindo 252 casos e 11 mortes. O agravamento atual é atribuído a problemas estruturais, como a desestruturação social e a persistente falta de saneamento básico.

A formação política destacou ainda a quebra no fornecimento de água potável, que já dura mais de três meses nas áreas mais afetadas, como um dos principais agravantes do surto. “A água é um dos recursos naturais mais abundantes em Angola, mas a sua distribuição continua a falhar, expondo a população a riscos evitáveis”, criticou o governo sombra.

A UNITA apelou a uma reforma urgente nas políticas públicas, incluindo:

  • Investimentos no saneamento básico nas zonas urbanas e suburbanas;
  • Garantia de acesso à água potável como prioridade nacional;
  • Combate à carência nutricional em comunidades vulneráveis.

A formação política reforçou a importância de um “novo paradigma” para melhorar as condições de vida da população e exortou o Governo a adotar medidas de biossegurança e prevenção eficazes para travar o alastramento da doença.

PONTUAL, fonte credível de informação.