Estes equipamentos vão possibilitar um melhor controlo das fronteiras, contribuindo assim para o combate a práticas ilegais.

“Na sequência da agenda de trabalho do ministro do Interior, Manuel Gomes da Conceição Homem, na província do Zaire, a zona fronteiriça do Luvo foi reforçada com novos equipamentos de segurança, com destaque para os drones de elevado alcance, que vão permitir maior monitorização das fronteiras e controlo de toda e qualquer circulação que atente contra as medidas de segurança nacional”, informa o Ministério do Interior, em comunicado a que o VerAngola teve acesso.

A tutela diz ainda que a entrega dos equipamentos espelha o seu compromisso “em modernizar os meios de vigilância e reforçar a capacidade operativa das forças de segurança fronteiriça, combatendo práticas ilegais que comprometem a segurança nacional e a estabilidade económica da região”.

No passado Sábado, o ministro do Interior iniciou uma jornada de trabalho de dois dias na província do Zaire. Na ocasião, o titular da pasta do Interior anunciou que vai ser aberto um inquérito no sentido de “investigar a persistência do contrabando de combustível no posto fronteiriço de Kanga Nguvo, que liga Angola à República Democrática do Congo (RDC)”.

Em declarações após uma visita aos dois principais postos fronteiriços do município sede (Luvo e Kanga Nguvo), Manuel Homem fez saber que “o posto fronteiriço de Kanga Nguvo está identificado e classificado pelos serviços de segurança nacional como o mais crítico em termos de contrabando de combustível para o país vizinho, o que, segundo ele, não justifica a sua continuidade em funcionamento”, refere um comunicado do governo provincial do Zaire, a que o VerAngola teve acesso.

Assim, o ministro disse que deixou orientações à equipa de inspecção do ministério por si dirigido e do Comando-Geral da Polícia Nacional para ser instaurado um inquérito com vista ao apuramento das “reais motivações que impedem o encerramento deste posto fronteiriço, considerado o mais vulnerável à travessia ilegal de quantidades consideráveis de derivados de petróleo para o outro lado da fronteira”.

Manuel Homem avisou que se se vierem a confirmar indícios de agentes ou oficiais envolvidos no contrabando de combustível serão aplicadas sanções.

“Segundo o ministro, caso sejam confirmados indícios de envolvimento de agentes ou oficiais da corporação no tráfico de combustível para a RDC a partir do posto de Kanga Nguvo, estes serão exemplarmente responsabilizados criminalmente”, lê-se na nota.

O recém-nomeado ministro do Interior mostrou-se preocupado com o “fenómeno do contrabando ao longo do perímetro fronteiriço”, tendo apelado aos órgãos do sector “para redobrarem os esforços no combate a este tipo de crimes”.

Ainda no domínio do combustível, o ministro expressou preocupação com o alto número de bombas de combustíveis que existem na via entre Mbanza Kongo e Luvo. “Uma das situações que nos chamou a atenção é a presença num trajecto de quase 10 quilómetros daqui da sede municipal ao Luvo de mais de 20 postos de abastecimento de combustível em construção”, disse o ministro, que, citado pela Angop, alertou para o facto de isto poder ser um sinal de contrabando de combustível, solicitando ao governo da província uma intensificação da vigilância nos processos de licenciamento de operadores económicos que actuam nesse ramo.

Reafirmou que, no quadro das actividades de controlo, vigilância e fiscalização das fronteiras, encontram-se a ser instalados vários meios tecnológicos em diversas províncias fronteiriças no sentido de combater os crimes entre fronteiras.

Na sua jornada de trabalho no Zaire, o ministro também procedeu à entrega de dois drones de alta tecnologia, capazes de monitorizar até 20 quilómetros, aos efectivos da Polícia de Guarda Fronteiras.

“Manuel Homem aproveitou ainda a sua estada em Mbanza Kongo para apresentar ao governo local o novo delegado do Interior e comandante provincial da Polícia Nacional no Zaire, comissário José António Gaspar, que substitui Firmino Uyamba”, refere o comunicado do governo provincial.

Refira-se que, no segundo dia de trabalho, o ministro constatou o “estado técnico da infra-estrutura que acomoda, de forma provisória, os efectivos do Serviço de Investigação Criminal (SIC)”.

Segundo uma outra nota do Ministério do Interior, “neste momento, está em curso um conjunto de medidas transitórias e emergenciais para a transferência definitiva dos efectivos para as novas instalações da Direcção Provincial de Investigação Criminal, uma infra-estrutura que, além de conferir melhores condições de acomodação e dignidade às forças, permitirá a instalação de novos meios e equipamentos, cujas obras de reabilitação decorrem a bom ritmo”.

Nesta sua deslocação ao Zaire, o ministro do Interior fez-se acompanhar de uma comitiva composta pelo secretário de Estado para o Interior, Arnaldo Manuel Carlos, o Comandante-Geral da Polícia Nacional de Angola, Comissário-Geral Francisco Monteiro Ribas da Silva, entre outros.

C/VA

PONTUAL, fonte credível de informação.