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Angola lança campanha de vacinação para travar surto de poliomelite em Benguela

Angola iniciou esta Sexta-feira uma campanha intensiva de vacinação contra a poliomielite, após a confirmação de 13 casos na província de Benguela, prevendo-se a vacinação de mais de 554.000 crianças com menos de cinco anos até Domingo.

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Cerca de cinco mil profissionais de saúde e voluntários comunitários estão mobilizados para a campanha, que representa um investimento de 3,6 milhões de dólares, segundo um comunicado da Organização Mundial de Saúde em Angola (OMS).

Apesar de Angola ter sido considerada livre de pólio em 2015, após a interrupção da circulação do vírus selvagem em 2011, o surto actual representa uma nova ameaça à saúde pública, que mobilizou autoridades nacionais e internacionais.

Os 13 casos confirmados do poliovírus foram identificados nos municípios de Benguela, Cubal, Dombe Grande e Bocoio.

A OMS definiu cinco estratégias essenciais para erradicar a doença no país: reforço da vacinação de rotina, reforço da vigilância epidemiológica (incluindo vigilância ambiental e de paralisia flácida aguda), campanhas de alta qualidade com correcções rápidas, envolvimento comunitário com líderes locais e integração das lições aprendidas noutros programas de saúde pública.

Esta campanha “é um acto de protecção, solidariedade e esperança para o futuro de Angola”, afirmou Fekadu Lemma, coordenador da Iniciativa Global de Erradicação da Pólio (GPEI, na sigla inglesa) em Angola, durante o lançamento da operação, acrescentando que a pólio “é uma ameaça invisível que pode causar danos permanentes, como a paralisia”.

Citada na nota de imprensa, a vice-governadora para os Assuntos Económicos e Sociais da província de Benguela, Cátia Katchiuko, sublinhou igualmente o compromisso das autoridades, destacando que “erradicar a pólio é uma luta colectiva”.

O representante da OMS em Angola, Indrajit Hazarika, frisou que a pólio “não respeita fronteiras” e assegurou que as autoridades estão “cada vez mais perto de erradicar a poliomielite”.

A acção é coordenada pelo Ministério da Saúde e conta com o apoio da OMS, GPEI e Unicef.

C/VA