0º C

18 : 17

Angola tem energia para si e para exportar à região, garante João Lourenço

O Presidente da República, João Lourenço, assegurou que Angola dispõe de energia eléctrica suficiente para satisfazer o consumo interno e anunciou disponibilidade para exportar o excedente aos países vizinhos, desde que surjam investidores interessados em construir as linhas de transporte necessárias.

Registro autoral da fotografia

Há 22 horas
2 minutos de leitura

Ao discursar na abertura da 3.ª Cimeira para o Financiamento de Infra-estruturas em África, que decorre até Sexta-feira, em Luanda, o Chefe de Estado sublinhou que o desenvolvimento energético e de infra-estruturas é fundamental para gerar empregos, dinamizar o comércio e elevar a qualidade de vida das populações.

João Lourenço revelou que o país conta actualmente com capacidade instalada para responder às suas necessidades, à qual se juntará a energia proveniente da barragem de Caculo Cabaça, com 2.172 megawatts —, reforçando o sistema nacional. Segundo o Presidente, o potencial hidroeléctrico angolano poderá ultrapassar 14 mil megawatts nas próximas duas décadas, caso avancem novos projectos, incluindo a barragem transnacional de Baynes, partilhada com a Namíbia.

O governante advertiu, contudo, que é indispensável investir na expansão da rede de transmissão e distribuição para garantir que a energia chegue a todo o território nacional. Nesse sentido, anunciou a futura ligação de Cabinda à rede nacional, através de um cabo submarino a partir do Soyo.

“Angola está pronta para partilhar energia com os países da SADC e da África Central, no quadro de parcerias público-privadas que viabilizem as infra-estruturas de transporte”, afirmou o Presidente, que destacou também investimentos em sectores estratégicos como a água, telecomunicações e observação terrestre, incluindo o lançamento de um novo satélite.

João Lourenço lembrou ainda que o país celebra, a 11 de Novembro, os 50 anos de independência, sublinhando o progresso alcançado em grandes obras públicas, como o Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto, os novos portos e os corredores logísticos que ligam Angola à região. “O Corredor do Lobito será um eixo vital para reduzir distâncias entre continentes e impulsionar o comércio global”, concluiu.